A respeito do macaco encontrado
morto na zona rural do município de Rurópolis, no oeste do Pará, a Secretaria
de Estado de Saúde Pública revelou que já recebeu o resultado do exame
realizado pelo Instituto Evandro Chagas (IEV), que apontou positivo para febre
amarela e adianta que todas as medidas já estão sendo tomadas desde o início
das ações no local, inclusive com vacinação da população que reside às
proximidades de onde foi encontrado o animal. A investigação, segundo a Sespa,
foi iniciada por meio de uma ação conjunta entre a Diretoria de Vigilância em
Saúde do Estado, Centro Nacional de Primatas do Instituto Evandro Chagas (IEC)
e as Secretarias de Saúde dos municípios de Rurópolis e Itaitubuda, onde também
há relatos de casos.
A secretaria reforça que as equipes continuam em campo
investigando e orientando a população sobre as formas de prevenção da febre
amarela. Entre as ações estão: verificação no local sobre as informações de
morte de Primatas Não Humanos (PNH) para determinar se existem mais animais
mortos; levantamento do histórico e bloqueio vacinal dos moradores de áreas próximas
e a busca ativa de casos humanos suspeitos de febre amarela; intensificação da
vigilância de casos humanos de sintomatologia compatível com febre amarela;
sensibilização dos profissionais para a importância da notificação imediata de
qualquer evento suspeito (humanos ou epizootias); montagem de plataforma na
copa das árvores para captura ao mosquito; realização de visitas nas
residências, entre outras. Será feito um Plano de Contingência específico para
a região do oeste e Baixo Tocantins, além da intensificação da vacinação nas
localidades rurais e de mata, que são áreas com recomendação da vacina contra
febre amarela, visto que a transmissão é tida como possível na maioria das
regiões rurais do Brasil.
Somente no ano passado, 71.195 pessoas foram vacinadas
no Pará contra a doença. Em 2015, o quantitativo foi de 80.230 imunizados, o
que equivale uma cobertura vacinal considerada excelente. No Pará foram
confirmados 16 casos de febre amarela em 2015 e nove registros da doença em
2016. Neste ano, não há nenhum registro da doença confirmado no Pará.