Com o objetivo principal de
manter o controle da população de cães e gatos domésticos abandonados na Ilha
de Algodoal, a Gerência da Região Administrativa do Nordeste Paraense do
Instituto de desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará
(Ideflor-bio), em parceria com a ONG Veterinários da Amazônia, realizará este
mês um trabalho gratuito de vacinação e vermifugação de animais domésticos na
Área de Proteção Ambiental (APA) Algodoal-Maiandeua.
A ação ocorrerá neste sábado e domingo 19
de fevereiro, quando será iniciada a segunda etapa do “Projeto de Manejo de Animais
Domésticos” intitulado: Canisfelis (uma referência ao nome científico dos cães:
Canis lupus familiaris e dos gatos: Felis silvestris catus), criado pela ONG,
em parceria com a gerência regional do instituto.
A primeira etapa do projeto foi
realizada em dezembro do ano passado, com um levantamento populacional de cães
e gatos residentes na vila de Algodoal. Através da aplicação de questionários,
foram visitadas 115 casas de moradores, totalizando o número de 300 animais
cadastrados, entre cães e gatos, domésticos e abandonados nas ruas.
Segundo o biólogo e gestor da APA
de Algodoal-Maiandeua, Luiz Coltro, este projeto é de fundamental importância
para a manutenção da biodiversidade e bem estar dos animais e da população
local. “Além de residirem em uma ilha, ambiente extremamente sensível, a
introdução de espécies continentais e o descontrole populacional de cães e
gatos podem gerar uma incrível perda de biodiversidade através da predação da
fauna silvestre nativa, além de doenças e acidentes com os moradores”, contou.
Feira de adoção e castração
Uma feira de adoção de filhotes
será realizada na Vila de Algodoal e no distrito de Marudá, nos dias 25 e 26 de
fevereiro, visando a diminuição da proliferação da população de animais de rua
e regulamentando a posse responsável de animais com tutores identificados.
Já a partir do mês de março, será
iniciado o trabalho de castração, para estabilização e a redução do número de
animais na ilha. “Estamos elaborando outras ações para a preservação ambiental
da APA com relação aos cães e gatos da ilha e esperamos um resultado que seja
positivo para o bem dos animais e para a saúde pública”, explicou a médica
veterinária Maridelzira Betânia David, coordenadora da ONG Veterinários da
Amazônia.