A operação deu cumprimento a 25 mandados judiciais, sendo dois mandados de prisão preventiva, nove mandados de condução coercitiva e 14 de busca e apreensão - Foto Agência Pará |
A Polícia Civil deflagrou nesta
quarta-feira (22), em Tomé-Açu, nordeste do Estado, a operação
"Engambitante", com o objetivo de dar cumprimento a 25 mandados
judiciais, sendo dois mandados de prisão preventiva, nove mandados de condução
coercitiva e 14 de busca e apreensão. A operação investigou desvios de recursos
públicos e corrupção com atuação de organização criminosa e crimes correlatos.
Segundo o delegado Carlos Eduardo Vieira, titular da Delegacia de Repressão e
Defraudações Públicas (DRDP), trata-se de um esquema de inserção de servidores
fantasmas e de servidores que repassavam o excedente da carga horária realmente
trabalhada a um beneficiário.
As investigações apontaram que o
vereador Clidenor Guedes de Oliveira, juntamente com a colaboração de outros
servidores, inseria na folha de pagamento da prefeitura de Tomé-Açu o nome de
funcionários com carga horária muito além do que era realmente trabalhada.
Entretanto, o excedente era repassado ao vereador mediante ameaça de rescisão
de contrato. O mandado de prisão preventiva de Clidenor Guedes foi cumprido
junto com o de Celma Sileide, diretora da Escola Municipal Santo Antônio.
Celma era responsável por manter
os contratados sob sua vigilância para que não houvesse fuga dos servidores do
esquema criminoso. Foram cumpridos os mandados de busca e condução coercitiva
de várias pessoas que estavam inseridas no esquema e sofrendo ameaças por parte
dos beneficiários. Além das residências foram efetuadas buscas em duas escolas
da cidade e nas Secretarias de Educação e de Administração com a finalidade de
apreender documentos relativos aos crimes apurados.
A investigação foi coordenada
pela Delegacia de Repressão e Defraudações Públicas (DRDP), vinculada à Divisão
de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). A operação contou com o apoio da
Diretoria de Polícia do Interior (DPI); do Núcleo de Inteligência Policial
(NIP); e do Grupo de Pronto Emprego (GPE). Esse é o terceiro esquema de desvios
de recursos públicos desarticulado pela DRCO na prefeitura de Tomé-Açú em
apenas seis meses.