Hoje tem paralisação contra a PEC da Previdência


Professores da UFPA devem paralisar suas atividades, por 24 horas, nesta quarta-feira 15, em protesto contra as Reformas da Previdência e Trabalhista do governo Temer. Em Belém, a data será marcada por um ato público a partir das 9 horas, na Praça da República. A mobilização dos docentes integra o Dia Nacional de Lutas, com paralisações e manifestações para construção da greve geral, aprovado no 36º Congresso do ANDES-SN, que ocorreu de 23 a 28 de janeiro, em Cuiabá.

Em frente a Assembleia Legislativa do Pará, Alepa , outras entidades também devem protestar. A Associação dos Delegados de Polícia (ADEPOL/PA), União dos Escrivães Policiais Civis do Pará (UNEPOL/PA), a Associação dos Papiloscopistas do Pará (ASPPEPA) e o Sindicato dos Policiais Civis do Pará (SINDPOL), entidades representativas dos policiais civis do Pará, se reúnem para este ato de mobilização. Segundo as entidades, "várias ações serão realizadas em conjunto" para impedir a aprovação da PEC, "que inviabiliza a concessão de benefícios que representa, na prática, o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros".

O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais - 'SINPRF -PA/AP e demais sindicatos de policiais do Pará também participam do movimento em frente à Assembleia Legislativa para pressionar contra a reforma da previdência para policiais. Esse movimento será conjunto com outros movimentos nos demais Estados.

A expectativa da diretoria da ADUFPA é que a paralisação seja forte, pois além dos docentes federais, contará com expressiva participação de trabalhadores em educação das esferas estadual e municipal. O protesto – que já está sendo chamado de greve geral da educação – é um alerta para a necessidade de construção de uma greve geral no Brasil, para derrotar as políticas de ajuste fiscal do governo Temer.

A mobilização de 15 de março é uma resposta de diversas categorias às propostas de Reforma da Previdência (PEC 287/2016) e Trabalhista (PL 6787/2016) do governo Temer, que tramitam de forma acelerada no Congresso Nacional. A previsão é que o texto da Reforma da Previdência seja votado na Comissão Especial da Câmara Federal no dia 21 de março. Caso aprovado, será votado em primeiro turno no plenário da Câmara, no dia 28 de março, e em segundo turno, no dia 6 de abril.

Entre as mudanças no regime previdenciário propostas pelo governo Temer está o aumento da idade mínima para aposentadoria para 65 anos e do tempo mínimo de contribuição, que passará a ser de 25 anos. Porém, para se aposentar com os proventos integrais, o trabalhador terá que contribuir por 49 anos de serviço, o que na prática, acaba com o direito a integralidade na aposentadoria.

A proposta ataca, também, direitos históricos conquistados pelas mulheres, como o tempo de contribuição diferenciado. De acordo com a PEC 287/2016, a contagem do tempo de contribuição será igualada entre homens e mulheres, ignorando o fato de que as mulheres realizam jornadas dupla e até tripla de trabalho.