O trabalhador da região Norte
gasta em média R$ 29,31 em uma refeição completa (prato principal, bebida não
alcoólica, sobremesa e café). Em relação
ao ano anterior, o aumento foi de 3%, abaixo do índice da inflação de 2016, que
foi de 6,29%. O valor também está abaixo
da média nacional (R$ 32,94) e é o mais barato entre todas as regiões do País.
Os dados são da pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pela ASSERT –
Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador.
Com base no preço médio de R$
29,31 no Norte, um trabalhador, que na data da realização da pesquisa (novembro
de 2016) recebia apenas um salário mínimo nacional (R$ 880) e não tinha o
benefício do voucher-refeição, desembolsaria cerca de 73% de seu salário para
se alimentar fora de casa durante sua jornada de trabalho, considerando 22 dias
úteis, de segunda a sexta-feira. No Norte, a pesquisa foi realizada em três
cidades e levou em conta 176 preços coletados em restaurantes, bares,
lanchonetes e padarias que servem refeições em pratos e que aceitam
voucher-refeição.
Diante desse cenário, o sistema
de voucher-refeição tem um impacto positivo real na vida dos brasileiros e até
mesmo na economia. O benefício é viabilizado no País por meio do Programa de
Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho, que busca a
complementação alimentar do trabalhador com o compartilhamento de
responsabilidades entre o Governo e empresas. O PAT é considerado referência
mundial e beneficia, atualmente, mais de 20 milhões de trabalhadores, sendo que
85% destes ganham até cinco salários mínimos.
Segundo Paula Cavagnari,
diretora-presidente da ASSERT, a pesquisa é mais um serviço que a associação
presta à sociedade e ao governo, pois além de apresentar o cenário dos preços
das refeições fora do lar, o levantamento tem por objetivo verificar a
percepção dos proprietários dos estabelecimentos comerciais em relação ao
aumento da demanda por uma alimentação saudável. “De acordo com o estudo, aproximadamente
cincos em cada dez responsável pelos estabelecimentos acreditam que os clientes
estão mais preocupados com uma alimentação saudável, ou seja, com uma dieta
equilibrada, com o consumo de verduras, legumes, grãos, proteínas, frutas e
sucos naturais”, comenta Paula.