O Governo do Estado e o Banco da
Amazônia firmaram um protocolo de intenções para aplicação de mais de R$2
bilhões para impulsionar negócios sustentáveis no Pará. É mais que o dobro do
recurso aplicado no ano passado. O governador Simão Jatene e o presidente da
instituição financeira, Marivaldo Melo, assinaram o documento na manhã desta
segunda-feira, 10, durante o encontro realizado no Palácio do Governo.
“Em 2016 foram disponibilizados
R$800 milhões. Com esse recurso nós atingimos 134 municípios paraenses. Destes,
94% foram através de créditos e, o melhor, de 10 mil operações contratadas no
ano passado, 3.700 foram disponibilizadas para municípios de baixa renda”,
contou o presidente do Banco da Amazônia, ao destacar a importância de investir
no Estado.
“O Banco da Amazônia nasceu aqui
no Pará, é o nosso berço. Por isso precisamos tratar bem o Pará, fazendo um
trabalho bem feito, é a nossa forma de agradecer”, reiterou Marivaldo Melo, ao
reforçar que a destinação de recursos para o desenvolvimento econômico
sustentável do Estado é um dos importantes papeis da instituição financeira na
Amazônia.
“O Banco da Amazônia, através
desse recurso, cumpre o seu papel, que é desenvolver o estado do Pará e a
Amazônia”, afirmou Marivaldo Melo. Para ele, além da parceria com o governo do
Pará, vale destacar o apoio de parceiros como federações, sindicatos e
sociedade integrada para que o recurso seja democratizado e cumpra o objetivo
de promover o desenvolvimento sustentável do Estado, através da estruturação e
o fortalecimento dos aglomerados econômicos, dos arranjos produtivos locais e
das cadeias produtivas.
O governador Simão Jatene
destacou a importância da conscientização das instituições sobre a atribuição
de cada um no desenvolvimento econômico e social do Pará. “A compreensão do
Banco da Amazônia de que o seu papel não é apenas um papel de um banco comum,
mas é um banco que serve a sociedade no sentido de estimular e contribuir para
o desenvolvimento. Este é o ponto mais importante em todo esse processo”,
avaliou Jatene que também relatou o fato do Banco ter alinhado a liberação de
crédito ao plano de desenvolvimento criado pelo Governo do Estado.
Investimentos - De acordo com o
Banco da Amazônia, os recursos que deverão ser aplicados no Pará em 2017 são
oriundos do fomento e da carteira comercial e correspondem a R$ 2,055 bilhões,
sendo que R$ 1,426 bilhão são do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte
(FNO) e R$ 629,86 milhões, do crédito comercial. Cerca de R$ 206 milhões serão
destinados à linha FNO-Pronaf; R$ 950 milhões são para a linha FNO-Amazônia
Sustentável; R$ 15 milhões para a linha FNO-Biodiversidade; R$ 180 milhões para
o FNO-MPEI e R$ 73 milhões para a linha FNO-ABC.
Para a Amazônia Legal, em 2017, o
Banco vai disponibilizar o valor de R$ 7,9 bilhões de recursos. Desse total, R$
4,6 bilhões são originários do FNO. Os demais são do Fundo de Desenvolvimento
da Amazônia (FDA) e do Orçamento Geral da União (OGU). O restante, R$ 2,9
bilhões, pertence à carteira de crédito comercial da Instituição.
Nos últimos cinco anos, a
instituição aplicou o equivalente a R$ 23,5 bilhões na Amazônia Legal,
considerando todas as fontes de recursos da Instituição. Esses investimentos
incentivam projetos de créditos de vários setores e tamanhos, desde a
agricultura familiar a grandes iniciativas de infraestrutura regional.