Técnicos da Caixa acompanham mais uma etapa da obra na "João Paulo II"

Foto: Cristino Martins - Agência Pará

Dirigentes do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM) e técnicos da Caixa Econômica Federal (CEF) acompanharam na manhã desta quarta-feira (17) o último empurre da ponte sobre o Lago Bolonha, considerada uma das etapas mais importantes da obra de prolongamento da Avenida João Paulo II até Ananindeua (município da Região Metropolitana de Belém).

O prolongamento da Avenida João Paulo II, que será a mais nova via de escoamento de veículos da cidade, segue em ritmo acelerado, após o acordo firmado entre os governos estadual e federal, em janeiro deste ano, que garantiu aporte de recursos para o projeto. Atualmente, a obra já está com mais de 90% da terraplenagem pronta, 30% da pavimentação, mais de 60% de obras de arte espaciais, e quase 50% da drenagem, o equivalente a quase 70% da obra completa.

“Estamos finalizando a ponte sobre o Lago Bolonha, que é considerada a mais trabalhosa e demorada devido ao seu formato arquitetônico e ao método de empurre que escolhemos para construí-la. A ponte sobre o (Lago) Água Preta é menor, e não terá os arcos que dificultam o processo de montagem. Além disso, a estrutura financeira para essa obra já foi equacionada, e hoje estamos finalizando a demolição dos últimos imóveis desapropriados, que estavam localizados onde será construída a quarta pétala do elevado. Com essas questões equacionadas, conseguiremos entregar essa via até dezembro”, informou o diretor geral do NGTM, Cesar Meira.

O método de montagem das pontes, embora mais trabalhoso, foi escolhido para que não houvesse nenhum dano ao meio ambiente, garantindo a interferência mínima nos mananciais do Parque Estadual do Utinga, uma área de proteção ambiental.

Após a conclusão da ponte sobre o Lago Bolonha, será iniciada a montagem da ponte sobre o Lago Água Preta, cujo material já está sendo fabricado. A previsão é de que a montagem da segunda ponte inicie no final de junho, e se estenda até meados de setembro. Com isso, até o final do ano a obra será concluída e entregue à população.

O prolongamento da Avenida João Paulo II desafogará o tráfego na Região Metropolitana de Belém, se transformando em uma terceira opção, já que hoje o acesso à capital é feito pela Rodovia BR-316 e pela Avenida Independência. A interligação da “João Paulo II” com a BR-316 se dará com a construção da quarta pétala do elevado do Coqueiro, e daí com a Rodovia Mário Covas, permitindo o acesso direto a Belém de veículos oriundos dos conjuntos Cidade Nova e Paar, e dos bairros do Coqueiro e 40 Horas, em Ananindeua.

Foto: Cristino Martins - Agência Pará
Recursos - A obra ganhou novo impulso após sua inclusão na lista do governo federal das 20 obras prioritárias para 2017, em 24 de janeiro, durante uma reunião no Ministério das Cidades, em Brasília (DF), quando o Governo do Pará e o governo federal firmaram acordo de compromisso, que permitiu a inclusão do prolongamento da avenida na lista de prioridades, quando o Ministério das Cidades garantiu o repasse de recursos via Orçamento Geral da União (OGU), de forma mais ágil.

Já a garantia de recursos da contrapartida do governo paraense foi possível graças ao Contrato de Financiamento da Contrapartida do Programa de Aceleração do Crescimento (CPAC 2), firmado em dezembro de 2016, entre o Governo do Pará e a Caixa Econômica Federal.  Dessa forma, a obra passou a ter recursos garantidos, via esse financiamento específico da CEF.

“Portanto, a Caixa Econômica é uma grande parceira do governo para a realização dessa obra, que tanto irá contribuir para melhorar o trânsito em nossa cidade. Hoje, nessa visita, seus técnicos puderam acompanhar os trabalhos in loco, e certificaram-se como a obra segue, conforme nossas tratativas”, ressaltou Cesar Meira.

Obra relevante - Para o gerente de filial da CEF, Paulo Cunha, a Caixa está muito satisfeita em contribuir para essa obra, que é tão relevante para a cidade, não apenas pela questão da mobilidade urbana, mas também pela importância ambiental. “Toda a equipe de gerência da Caixa está aqui hoje, para que as pessoas pudessem acompanhar a obra e saber como os recursos estão sendo investidos. Além disso, para saberem de que forma o trabalho deles é importante para a execução dessa obra”, disse Paulo Cunha.

“Estamos extremante satisfeitos ao ver o retorno do nosso trabalho, pois aqui nos damos ainda mais conta da grandiosidade e importância dessa obra para a população, por seu ganho não apenas para a questão da mobilidade urbana, mas também por sua importância para os mananciais que abastecem a cidade e para o Parque do Utinga. A união desses aspectos dá um significado fenomenal para essa obra, e a Caixa Econômica tem orgulho de fazer parte desse empreendimento”, garantiu o gerente.

Projeto - A nova via terá 4,7 quilômetros e compreenderá o trecho entre a Passagem Mariano e a Rodovia Mário Covas. Serão duas pistas, com três faixas por sentido, ciclovia e calçadas em ambos os lados, iluminação, paisagismo. A obra inclui ainda a construção de duas pontes, uma a 60 metros da Passagem Mariano, transpondo a ponta do Lago Bolonha, e a outra a 200 metros da Rua da Pedreirinha, transpondo a ponta do Lago Água Preta.

A diretora executiva do NGTM, Marilena Mácola, destacou a solução urbanística que a via trará para a cidade. “Haverá uma transferência do trânsito da BR-316 para a João Paulo II, o que contribuirá para a diminuição dos congestionamentos. Além disso, ela também será mais uma via de escoamento de transporte coletivo e de transporte ciclístico, já que teremos uma bela ciclovia bidirecional”, informou.