Cobertura e equipamento neutralizador reduzem odores do Aterro de Marituba



A cobertura dos resíduos expostos e o funcionamento regular de um equipamento neutralizador de odores foram os primeiros resultados da intervenção do colegiado que assumiu a co-gestão do Aterro Sanitário de Marituba. A empresa Guamá Resíduos Sólidos providenciou a cobertura do maciço e a eliminação dos odores na chamada Etapa 1 do Aterro Sanitário de Marituba, duas principais medidas corretivas para minimizar os impactos negativos identificados pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) no funcionamento do aterro.

O colegiado formado por Wagner Luís Moreira Cardoso, engenheiro ambiental e de segurança do trabalho; Marcos Antônio de Queiroz Lemos, delegado de Polícia Civil do Pará, com atuação na Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema), e a técnica Maria do Socorro Vasconcelos Colares, graduada em Ciências Contábeis, vem atuando de segunda a sexta-feira, de 8 as 17 horas, em uma estrutura montada pelo Governo do Estado no aterro.

A intervenção foi realizada para que as obras necessárias ao empreendimento fossem realizadas e para corrigir as inconformidades encontradas pela Semas no funcionamento do aterro. “Esta Etapa 1 não irá receber mais resíduos após a cobertura. Este processo todo está sendo monitorado pela equipe de interventores”, explica o engenheiro ambiental Wagner Cardoso.

“O resíduo sem cobertura desprende muitos gases fazendo com que o odor se torne perceptível com a dispersão dos ventos em alguns locais do entorno. O que nós fizemos foi intensificar o trabalho de cobertura que encerrou na semana passada e agora estamos enviando nosso relatório para a Semas que vai avaliar os resultados do trabalho”, explicou o engenheiro ambiental.

Neste primeiro momento, os interventores estão focados nos impactos que atingem a Área Influência Direta (ADA) para em seguida trabalhar a Área de Influência Indireta (AII). O neutralizador de odores é um equipamento que atua na hora do recebimento dos resíduos e que lança um produto que causa a minimização do forte odor. “Mas ele sozinho não funcionaria. É o conjunto de obras que irá minimizar definitivamente os odores”, explica.

Outras medidas tomadas também estão em curso, como o tratamento definitivo do chorume passivo que foi gerado pela decomposição dos resíduos sólidos e que ainda não foram tratados, assim como o tratamento definitivo do chorume que está sendo gerado diariamente no aterro e também o monitoramento da investigação dos impactos ambientais exigidos pelas condicionantes do licenciamento ambiental realizado pela Semas.

Os relatórios são enviados quinzenalmente ao Poder Judiciário. No âmbito administrativo, a técnica Maria do Socorro Colares iniciou a análise do maquinário, contratos com empresas terceirizadas e a logística de funcionamento das obras.

A interventora Socorro Colares explica que uma pesquisa irá realizar o levantamento sobre a minimização dos impactos na saúde da população do entorno do aterro. A pesquisa foi solicitada pela juíza Aldinéia Maria Martins Barros, da 1ª Vara Cível e Empresarial de Marituba, que homologou a comissão interventora.

“A pesquisa realizará o levantamento do estado de saúde dos moradores das áreas de Influência Direta. Nós já realizamos um levantamento prévio junto aos moradores mais próximos e percebemos que houve uma melhora significativa na qualidade do ar, mas somente um levantamento técnico mais aprofundado irá fornecer um diagnóstico mais preciso, mas a minimização destes impactos já pode ser sentida”, declara Socorro.