No mês em que se comemora o Dia Nacional
do Folclore – 22 de Agosto -, a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna
(FHCGV), por meio da equipe da Clínica Pediátrica, realiza a Semana do
Folclore, com o objetivo de oferecer aos pacientes uma programação especial,
com a contação de lendas folclóricas e práticas de artesanato.
Adria Nascimento, 14 anos, e sua mãe,
Lucicleide Nascimento, participaram da oficina de miriti, ministrada para
pacientes e familiares. Mãe e filha tiveram a oportunidade de construir
brinquedos de miriti no formato de casas e animais, inspirados nas lendas
amazônicas. “É muito bom, porque além de distrair as crianças a gente aprende
muitas coisas, como nessa oficina de miriti. Faz dois meses que a minha filha
está aqui, e isso ajuda muito ela com o estresse”, disse Lucicleide.
As mães participaram das oficinas de
artesanato e pintura. Para Gilvana Lobato, mãe de João Pedro, 5 anos, o momento
foi de lazer, alegria e interação. “Foi muito bom. Ele se distraiu bastante. Já
estamos aqui há dois meses, e essas ações são muito importantes para que ele se
divirta”, ressaltou.
Saber tradicional - A oficina de miriti
foi ministrada pelo professor e artesão Josias Plácido, conhecido como
“Pirías”, que pela primeira ensinou sua arte dentro de um hospital. Ele criou o
Projeto Repasse de Saber Tradicional, que visa oferecer ao público infantil, em
escolas, atividades de lazer e artesanato inspiradas na cultura paraense. “Foi
bem diferente do que estou acostumado, mas também é muito gratificante repassar
o conhecimento sobre a nossa cultura em todos os lugares”, afirmou o artesão.
A Semana do Folclore é resultado do
trabalho em conjunto de todos os profissionais da Clínica Pediátrica do HC, e
tem como objetivo incentivar a valorização da cultura e do folclore paraense,
proporcionando às crianças momentos de lazer, interação e descontração. “A
geração de hoje é a geração da tecnologia. Está se perdendo o hábito de contar
histórias, como os antigos contavam. O objetivo dessa Semana é fazer esse
resgate da nossa tradição”, informou a psicóloga Francinete Carvalho,
acrescentando que “a gente mistura isso com a valorização do nosso artesanato,
da cultura e também da utilização da arte como uma ferramenta de combate ao
estresse e à depressão dos pacientes”. (Colaboração de Flávia Martins e Ariela
Morituki).