Há pouco mais de dois meses a Secretaria Municipal de Esporte, Juventude
e Lazer (Sejel) divulgou a lista dos 116 projetos aprovados pela Lei Guilherme
Paraense que abrange o segmento de esporte para captação de recursos, e um dos atletas
contemplados foi o piloto Augusto Santin, 43 anos, que estreou na Fórmula Vee
com prova histórica em Interlagos na segunda-feira, 31 de julho.
O piloto de Belém estreou na mais tradicional categoria do automobilismo
nacional de formação e revelação de jovens talentos no fim de seman e começou
em grande estilo ao participar das provas em comemoração aos 50 anos da Fórmula
Vee no Brasil.
“Foi maravilhoso participar da festa da FVee e ainda mais em Interlagos,
um verdadeiro templo do automobilismo mundial”, disse entusiasmado. “Minha
maior emoção foi quando entrei pela primeira vez na reta principal e logo me
veio à cabeça o Ayrton Senna e tudo o que ele conquistou no esporte e neste
circuito”, emocionou-se Augusto Santin.
A Fórmula Vee no Brasil é a categoria mais acessível e de menor custo,
considerada a melhor oportunidade para quem inicia a carreira no automobilismo
ou mesmo para quem quer realizar o sonho de dirigir ou disputar uma prova com
um verdadeiro carro de corrida.
O atleta corre com o apoio da Lei de Incentivo ao Esporte da Prefeitura
de Belém e pretende disputar as três últimas etapas do campeonato Paulista,
duas em agosto e a decisiva em dezembro. Em 2018, quer correr a temporada
completa da FVee. Santin já foi campeão da Copa Norte de Kart em 2015 e
participou de várias outras competições de kartismo na região e em Brasília.
Em Interlagos, ele terminou a primeira prova, no sábado, na zona de
pontuação. Santin chegou em 10º lugar e marcou seu primeiro ponto no Campeonato
Paulista, em sua 7ª etapa. No domingo, em prova extra sem valer pontos para o
estadual, o piloto de Belém conseguiu mais uma vez terminar a corrida, em 9º
lugar.
“O carro é muito bom, rápido e
ideal para quem está começando no automobilismo (...), para quem quer sentir a
emoção, a adrenalina de estar num carro de fórmula, muito diferente do kart. É
uma grande diversão, mas com responsabilidade e que exige muito trabalho e
dedicação. Espero que tenha sido o primeiro passo para uma longa carreira nas
pistas”, avaliou o piloto.
Para o titular da Sejel, Wilson Neto, este resultado é motivo de
satisfação, pois é através da lei de renúncia fiscal - recurso público que a
prefeitura abre mão de receber para que a iniciativa privada apóie o esporte.
“O Augusto já usa a Lei de incentivos há alguns anos, e a perseverança
dele em continuar apresentando projetos, e ter chegado agora nessa fórmula Vee
serve para mostrar que a Lei de incentivo ao esporte possibilita essa evolução.
Mais do que simplesmente custear e manter aquela atividade, ela possibilita que
o atleta evolua profissionalmente”, avaliou Wilson.
Segundo o secretário, essa diversidade de projetos que a Lei Guilherme
Paraense atende talvez seja uma das características mais marcantes por universalizar
e deixar que a população diga o que vai ser investido no esporte. “A prefeitura
abre mão de parte da sua arrecadação própria para que seja investida em
projetos esportivos com alcance diferente", afirmou o secretário que
acrescentou tratar-se de mais uma forma de avanço na inclusão social por meio
do esporte, maior objetivo da prefeitura.