O projeto de implantação da
Ferrovia Paraense está com várias fases concluídas, como os estudos ambientais,
de impacto e inclusive processos de desapropriação. Foram identificados 716
proprietários de terras. A Sedeme já recebeu da empresa que postulou a parceria
público-privada (PPP) os Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTEA).
Os técnicos da Secretaria já
estão estudando o material e deverão concluir a análise no final de janeiro. No
estudo prévio apresentado pela parceria público privada foram identificadas 32
minas, sendo 16 delas consideradas com potencial para o empreendimento. Com
base neste potencial, 50% é voltado à extração de minério de ferro, 30% de
bauxita, 14% de grãos e fertilizantes, 3% de container/celulose e outros, além
de 3% de combustível vindo do monocultivo de dendê.
O defensor público Johny Giffoni - Foto Ronaldo Silva |
O defensor público Johny Giffoni,
confirma que pelo menos 770 propriedades já foram mapeadas para que essas
famílias assentadas sejam remanejadas. “Eles fizeram um estudo analisando os
impactos diretos e indiretos. Mas não há impactos indiretos, porque todas as
consequências são impactos diretos”, afirma o defensor público.
O educador da Fase Amazônia, Lourenço
Bezerra, conta que acompanha os projetos comunitários na região. Eele confirma
que os impactos já estão ocorrendo antes mesmo da implementação completa da
Ferrovia Paraense e ultrapassam o nível da devastação do bioma. “As mudanças na
paisagem já estão acontecendo no entorno. O impacto não é só ambiental, mas
também social e cultural”, avalia.
O Estudo de Viabilidade Técnica,
Econômica e Ambiental já foi aprovado no dia 7 de julho e pode ser acessado no
site da Sedeme, no endereço www.sedeme.com.br.
#Reportagem Celso Freire