A conquista, na categoria Pequeno
Porte da 12ª edição do Prêmio Regional
Itaú Unicef 2017, pelo Projeto Aluno Repórter, da Escola Estadual de Ensino
Médio do Rocha, no município de Bragança (região nordeste), foi comemorada por
gestores, professores e estudantes, que participaram da cerimônia realizada na
sexta-feira (27), no hotel Grand Mercure, em Belém.
Promovido pela coordenação da
Fundação Itaú Social e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância),
esta fase do prêmio reuniu 12 projetos da Regional Belém, que envolve todos os
Estados da Região Norte e Goiás (GO). Participaram da fase regional quatro
projetos do Pará, três deles desenvolvidos em parceria com escolas públicas
estaduais.
Além do Aluno Repórter, da Escola
do Rocha, realizado em parceria com a Fundação Educadora de Bragança,
concorreram na grande final regional o Projeto Orquestra Violão Cristão,
desenvolvido em parceria pela Escola Estadual de Ensino Médio Joaquim Viana, em
Ananindeua, com a Associação Cenáculo Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
(Anceps), e o Projeto Construindo Bairros de Leitores, uma parceria da Escola
Estadual Barão de Igarapé-Miri, no Bairro do Guamá, em Belém, com o Espaço
Cultural Nossa Biblioteca.
Pela passagem para a fase
regional, os projetos e as escolas receberão R$ 10 mil, cada um. Mais R$ 20
mil, para cada um, serão entregues ao “Aluno Repórter” pela classificação à
fase nacional, marcada para o próximo dia 17. Os finalistas vão disputar o
prêmio de R$ 100 mil, para cada um, escola e projeto, totalizando R$ 200 mil em
premiação. Na escola, o dinheiro será entregue ao Conselho Escolar.
Ações socioeducativas - O prêmio
é uma iniciativa da Fundação Itaú Social e do Unicef, que tem como objetivo identificar, reconhecer, dar
visibilidade e estimular parcerias entre Organizações da Sociedade Civil e
escolas públicas, na execução de ações socioeducativas que contribuam para o
desenvolvimento integral de crianças e adolescentes brasileiros em condições de
vulnerabilidade social.
Um dos coordenadores do Projeto
Aluno Repórter, o radialista e professor Carlos Roberto Amorim, que ensina
Língua Portuguesa da rede pública estadual de ensino, informa que a atividade
envolve 150 estudantes matriculados no Mundiar, que oferece no contraturno
escolar atividades de produção de texto, desde a elaboração da pauta, produção
e entrevistas, desenvolvendo o protagonismo dos estudantes. “Incentivamos o
sentimento de pertencimento à escola com excelentes resultados, pois o aluno do
Mundiar repetiu o ano ou havia abandonado os estudos”, acresentou o professor.
O material produzido pelo “Aluno
Repórter” é veiculado pela Fundação
Educadora de Comunicação de Bragança, que disponibiliza sua estrutura de rádio
e TV em favor das ações que mobilizam os alunos da rede pública estadual e
municipal de ensino.
Também coordenam o projeto os
professores, Socorro Braga de Língua Portuguesa e Diego Fernandes, de
Matemática.
Acelerar a aprendizagem - Mundiar
é um projeto desenvolvido pela Seduc em parceria com a Fundação Roberto
Marinho, visando acelerar a aprendizagem, compatibilizando a idade do aluno com
o ano de estudo. A aluna Elzilene Socorro de Assis, 26 anos, havia abandonado
os estudos há cerca de 10 anos. Aluna do Mundiar, ela está integrada ao Projeto
Aluno Repórter, e garante que o aprendizado será fundamental para o curso de
Direito, para o qual tentará uma vaga no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
“Na profissão que escolhi tem muita oratória. Com o projeto, não terei
dificuldades em me expressar no momento que for defender meus clientes”,
adiantou.
Esta é a segunda vez que o “Aluno
Repórter”, desenvolvido com estudantes da rede pública de Bragança, vai à final
do Prêmio Itaú-Unicef. A primeira foi em 2015. O projeto tem o apoio da
Fundação Educadora de Comunicação, e consiste em uma proposta socioeducativa, pedagógica
interdisciplinar, inclusiva e profissionalizante, voltada a alunos da rede
pública de ensino que utilizam as mais diversas tecnologias de Informação e
comunicação para a produção do conhecimento, com destaque para o rádio e a
televisão.
Camila Feldberg, coordenadora de
Fomento da Fundação Itaú, frisou a importância de três dos 12 projetos
finalistas na etapa regional terem origem na rede estadual. “Revela o
compromisso que as escolas têm, em um estado com dimensões continentais, de
firmar parcerias com instituições que garantem atividades ao estudante no
contraturno, atendendo ao desafio de
ampliar o número de alunos atendidos em tempo integral, os tornando sujeitos da
escola”, disse a coordenadora.
Para chegar à final da premiação,
os projetos desenvolvidos pelas três escolas paraenses concorreram com outros
1.650 projetos de todo o Brasil. Agora, o “Aluno Repórter” está entre os 32 que
irão para a final nacional.