A Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Sustentabilidade (Semas) apresentou na Feira de Resultados, que é
realizada de forma simultânea aos eventos da Convenção-Quadro das Nações Unidas
sore Mudanças do Clima – COP 23, realizada em Bonn, na Alemanha, as políticas
públicas ambientais e de desenvolvimento sustentável dos estados da Amazônia
Legal.
Uma das ferramentas demonstradas
pelo estado do Pará dentro do objetivo de cooperação internacional para a
proteção das florestas, enfrentamento às mudanças do clima e promoção do
desenvolvimento sustentável na Amazônia, foi o Centro Integrado de
Monitoramento Ambiental (Cimam). A exposição retratou o investimento em
tecnologia da informação e produção de conhecimento para assegurar ações
efetivas de desenvolvimento sustentável do território.
O Cimam é uma moderna estrutura,
inaugurada em março deste ano, com ferramentas de monitoramento com imagens de
resolução de três metros. A ideia é possibilitar uma transformação nas relações
do homem com o meio ambiente, revendo modelos de produção, viabilizando a
economia sustentável, preservando as premissas da legalidade e, principalmente,
estimular o combate à pobreza e à desigualdade e oferecendo ao mundo soluções
efetivas para a manutenção da maior reserva de biodiversidade do planeta, a
floresta amazônica.
O espaço, conduzido por gestores
paraenses, recepcionou governadores, deputados e secretários da Amazônia Legal,
além de agentes internacionais, representantes de Organizações não
Governamentais, Cooperação Alemã e demais participantes. Todos buscaram
conhecer especificamente a atuação do Cimam. A gestão de florestas e o combate
ao desmatamento foi o tema evidenciado entre os visitantes.
“O importante foi demonstrar o
desafio do Estado do Pará na agenda florestal e socioeconômica, que envolve,
dentre outras coisas, a atuação do Centro de Monitoramento Ambiental,
evidenciando a precisão das imagens de satélite utilizadas, o sistema integrado
de alertas das áreas desmatadas e o projeto ‘de Olho na Floresta’, como a mais
recente ferramenta de combate ao desmatamento no Pará”, informou o secretário
adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental, Thales Belo, que também ressaltou o
modelo de gestão transparente.
“O trabalho desenvolvido pelo
Estado está de acordo com os compromissos, chamados ‘livro de regras’ firmados
na COP 21, da qual o Pará fez parte. Portanto, mais uma vez, o Estado do Pará
demonstra seu compromisso com a sociedade, na gestão transparente de seu
território e na execução de ações efetivas pela sustentabilidade, o que ganha
visão internacional, com positiva conceituação e resultados expressivos, como a
redução das taxas de desmatamento”.
O embaixador da Noruega no
Brasil, Nils Martin Gunneng, que recentemente visitou o Cimam e também esteve
na feira de resultados, no Museu de Arte de Bonn, elogiou as iniciativas
paraenses. “O trabalho demonstrado é desafiador e surpreende a todos”, afirmou.
No espaço também foi feita a
exposição de produtos oriundos da floresta produzidos pelos municípios dos
Estados da Amazônia Legal e que fazem parte do projeto “Mercados Verdes e
Consumos Sustentáveis”. A feira contou com a organização do Fórum de
Secretários de Meio Ambiente da Amazônia Legal, a Força Tarefa de Governadores
para o Clima e Florestas – GCF e a Cooperação Alemã para o desenvolvimento
Sustentável por meio da GIZ.
Informações divulgadas pelo
Ministério do Meio Ambiente (MMA) apontam que o desmatamento na floresta
amazônica apresentou uma estimativa de queda de 16% entre agosto de 2016 e
julho deste ano. Os números são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na
Amazônia Legal por Satélite (Prodes) do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe). No estado do Pará, a redução foi de 19% da taxa de
desmatamento da floresta amazônica.
Em agosto deste ano, a tendência
de redução do desmatamento já havia sido confirmada por outra instituição, o
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Nesse estudo, o
desmatamento na Amazônia Legal caiu 21% em um ano e o Pará apresentou queda
tanto no número absoluto de quilômetros quadrados desmatados, de 31%, quanto na
proporção total da Amazônia Legal afetada, que passou de 28,8% para 25,2%.