A cultura afro-brasileira e
identidade afro-amazônica estarão em cena no espetáculo teatral “Eye Dundun: A
revoada”, que reúne música, dança e batuque. As apresentações iniciam nesta
quinta-feira (16) e prosseguem até o sábado (18), no teatro das Oficinas Curro
Velho, sempre a partir das 19h.
O espetáculo é resultado da
oficina de prática de montagem “Dança Afro e Narrativas Afro Amazônicas”,
desenvolvida nas oficinas Curro Velho pelos professores Carmem Virgolino e
Mailson Soares.
De acordo com o produtor do
espetáculo, Mailson Soares, a produção de “Eye Dundum: A revoada” começou em
agosto e passou por vários processos de construção, como palestra, workshops,
roda de conversa, rodas de capoeira e outros.
O espetáculo fala da chegada no
negro na Amazônia, de modo especial no Pará, como escravo, para trabalhar nas
lavouras de café e algodão e também nos engenhos de açúcar. “Depois a gente dá
um salto pra falar da situação do negro hoje, assassinado nas periferias,
assassinado no campo em luta pela sua terra, e em meio a isso tudo também
fazemos uma viagem pelo histórico da cabanagem”, relata Mailson Soares.
“Eye Dundum: A revoada” termina
com um retumbão e traz a figura de São Benedito, como o negro amalgamado. “Da
mistura com índio e o caboclo amazônidas surgirá uma nova cultura, embalada
pelo retumbão e pela marujada, que a essa altura já são símbolos desse negro
que já não é só africano e nem só brasileiro: é afro-amazônida”.
Serviço: Espetáculo teatral “Eye
Dundun: A revoada”. Dias 16, 17 e 18 de novembro, a partir das 19h, no Teatro
do Curro Velho – Rua Professor Nelson Ribeiro, nº 287, bairro do Telégrafo (no
final da travessa Djalma Dutra). Entrada franca.
(Colaboração: Rejane Nascimento)