A Polícia Civil do Pará vai
transferir, nesta quinta-feira, 7, para Belém, o baiano Sérgio Rodrigues dos
Santos, 45 anos, que foi preso, no último dia 4, no Estado de São Paulo, em
operação realizada por policiais civis da Delegacia da Mulher de Tucuruí e do
Núcleo de Inteligência Policial (NIP). O preso chegará, por volta de 14 horas,
no Aeroporto Internacional de Belém e será levado para a Delegacia-Geral, onde
a delegada Marizol Vasconcelos de Almeida, diretor da Delegacia da Mulher de
Tucuruí, e o delegado-geral Rilmar Firmino irão conceder entrevistas sobre o
caso. Em seguida, o preso será transferido para Tucuruí, no sudeste do Pará.
Nascido em Gandu (BA), Sérgio dos
Santos teve mandado de prisão decretado pela Justiça do Pará após investigação
policial coordenada pela equipe da Delegacia da Mulher de Tucuruí. Ele é
acusado de armazenar e divulgar fotos com cenas de sexo explícito e de
pornografia de adolescentes por meio da rede social Facebook e pelo aplicativo
de mensagens instantâneas via celular WhatsApp. A delegada explica que o
acusado utilizava um perfil falso no Facebook com o nome Gabriela Santos e, com
esse perfil, aliciava as menores, convencendo-as a enviar-lhe fotos íntimas em
troca de recarga para seus telefones celulares. "Quando as vítimas paravam
de enviar as fotos eram ameaçadas e tinham as imagens íntimas divulgadas nas
redes sociais", detalha a delegada.
As investigações mostraram que
Sérgio fez inúmeras vítimas nas cidades de Tucuruí, Abaetetuba e Parauapebas.
Apenas em Tucuruí, a Polícia Civil identificou seis vítimas, as quais relataram
os fatos acima e apresentaram seus celulares com as conversas mantidas com o
criminoso. "Há informações de que o acusado fez também vítimas em outras
cidades e em outros Estados brasileiros", ressalta.
Denominada de "Rede do
Mal", a operação policial foi realizada nas cidades de Cubatão e Santos,
no Estado de São Paulo, onde os policiais civis cumpriram dois mandados de
busca e apreensão e um de prisão preventiva contra Sérgio Rodrigues dos Santo.
A ação policial foi deflagrada com o apoio da Divisão de Inteligência da
Polícia Civil do Estado de São Paulo. A investigação durou cinco meses e foi
realizada pela equipe da Delegacia da Mulher de Tucuruí, que contou com o
trabalho da escrivã Dilaylla Ávila e do investigador Robson Leão.