Obra da Unidade Básica de Saúde do Complexo de Santa Izabel entra na fase final



A obra da nova Unidade Básica de Saúde (UBS) que vai funcionar dentro Complexo Penitenciário de Santa Izabel já está na fase final. O espaço funcionará em um prédio anexo do Hospital Geral Penitenciário (HGP) e vai atender detentos das 10 casas penais geridas pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) que ficam dentro do complexo, o maior do Estado e onde estão custodiados cerca de seis mil presos. A previsão é que a unidade comece a funcionar até o final do primeiro trimestre de 2018.

“Estão faltando poucos detalhes para que a UBS seja inaugurada. O trabalho a ser feito agora envolve apenas pintura, reparos nos telhados, hipermeabilização, troca de grades, limpeza e recuperação de alguns banheiros e revisão elétrica. A obra começou em 2015, quando foi feita licitação para contratação de uma empresa que fizesse reparos no prédio, já existente, mas que precisava ser reformado e adaptado. Uma parte do serviço foi concluída e entregue, mas a incompletude do trabalho impedia que se desse a finalidade devida. Em agosto de 2017 foi feita nova licitação para que outra empresa pudesse concluir o serviço”, explica Célia Monteiro, coordenadora de Engenharia e Arquitetura (CEAR) da Susipe.

A nova UBS contará com profissionais especializados em clínica geral, traumatologia e ortopedia, oftalmologia, psiquiatria, cardiologia, dermatologia; tisio-pneumologia, urologia, endocrinologia e infectologia. Também serão oferecidos exames e serviços de apoio e diagnóstico, com procedimentos de patologia clínica, radiodiagnóstico, ultrassonografia e eletrocardiograma. A UBS funcionará como polo de atendimento médico com serviços especializados a detentos.

“Os detentos de Marituba e Castanhal que precisarem de atendimento especializado também serão atendidos na nova unidade, diminuindo os custos com deslocamento. Dentro da UBS os presos também ficarão separados por unidade e cada casal penal terá dias e horários certos de atendimento, para que haja um controle do número de pacientes”, destacou Evelyn Kauffmann, biomédica da Diretoria de Assistência Biopsicossocial da Susipe.

Para a obra da UBS foram recebidos recursos da Política de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), que destina investimentos e recursos a Unidades Básicas de Saúde que funcionam dentro dos presídios. O valor foi de cerca de R$ 300 mil.

“O governo do Estado também destinará um recurso mensal de R$ 200 mil, que será utilizado para recursos humanos, como o pagamento dos profissionais que irão trabalhar na unidade, por exemplo, além de também manter o funcionamento do local”, explicou Ivone Rocha, diretora de Assistência Biopsicossocial (DAB) da Susipe.

Segundo a diretora do HGP, Aline Coutinho, o fluxo de saída dos internos para atendimento médico é constante e com a nova UBS os gastos com as saídas serão reduzidos significativamente, diminuindo também o número de demandas operacionais.

“Encaminhamos internos para diversos locais, como os Hospitais de Pronto-Socorro Municipais Mário Pinotti e do Guamá, a Santa Casa, Unidades de Referência Especializada, UPAs e os Hospitais de Castanhal e de Santa Isabel. Mas para que esses atendimentos sejam feitos é preciso mobilizar uma grande e difícil logística, pois precisamos de viatura, motorista, agente prisional e escolta da Polícia Militar. Como a demanda é muito grande, nem sempre conseguimos atender a todos. Já com a UBS funcionando dentro do complexo, esse problema certamente estará resolvido”, destacou a diretora.