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| Obras do BRT na av. Augusto Montenegro - Foto: Alessandra Serrão/COMUS/PMB |
A placa avisa: altura máxima
permitida de 3 metros. Um pórtico reforça a informação para motoristas de
caminhões e ônibus sobre a última saída obrigatória para não passar por baixo
da obra de edificação do elevado da avenida Augusto Montenegro, na confluência
com as avenidas Centenário e Independência. Mas a imprudência de muitos
condutores de ônibus e caminhões que insistem em desrespeitar a determinação já
ocasionaram oito acidentes na área em menos de 20 dias, o último na tarde desta
terça-feira, 23, o que levou a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana
de Belém a uma atitude extrema: proibir totalmente a circulação de caminhões e
ônibus por baixo da obra do elevado, independente da altura do veículo.
Bloqueios em concreto para restringir a circulação ainda estão sendo colocados,
mas a proibição já está em vigor.
“Pelo cálculo da Semob e dos
engenheiros do Consórcio BRT e da Seurb não era necessário fazer a restrição
total, visto que caminhões de pequeno porte têm altura compatível para passar
debaixo da obra com segurança, mas diante do festival de imprudências que
vimos, com caminhões maiores e ônibus fretados derrubando as placas e o pórtico
algumas vezes, desrespeitando a autoridade dos agentes de trânsito no local,
colocando a obra em risco e a si próprios também fomos levados a tomar essa
medida extrema”, explica Marcos Chagas, diretor de Trânsito da Semob.
"Agora todos os caminhões e ônibus, independente do tamanho, estão
proibidos de passar debaixo da obra, e terão que fazer um desvio maior. No
local haverá uma canalização para só passar um veículo de passeio por
vez", avisa.
Desde o começo do mês, quando foi
necessário bloquear a circulação de motoristas na interseção da Augusto
Montenegro com as avenidas Centenário e Independência, foram registradas pelo
Consórcio BRT, responsável pela obra, cerca de oito ocorrências. Em três delas,
o consórcio precisou retirar os pórticos para conserto e posterior recolocação,
gerando ainda mais trabalho e, consequentemente, custos. Sem contar no risco de
atraso: a obra de edificação do elevado da avenida Augusto Montenegro está em
fase final, com a previsão de liberação no mês de março, prazo esse que vem
sendo ameaçado pelo constante desrespeito dos motoristas imprudentes.
“A circulação no cruzamento está
liberada apenas para veículos pequenos, pois, em virtude da colocação das vigas
de sustentação do elevado, a altura máxima permitida debaixo do viaduto está em
3 metros, a princípio, e por isso direcionamos o fluxo de veículos de grande
porte para as áreas regulamentadas de retorno, que ficam localizadas na altura
do Ginásio do Magueirinho e às proximidades do Parque Shopping”, explica o
diretor de trânsito da Semob.
Na última segunda-feira, um novo
episódio de desrespeito e imprudência foi registrado no canteiro em obras: a
carreta de uma transportadora furou o bloqueio de trânsito e passou com
bastante dificuldade, rente ao elevado, por muito pouco não ficando presa sob
as vigas. Muitos operários que estavam trabalhando no momento se assustaram
diante do risco de o veículo colidir com a estrutura. Nesta terça quem tentou
passar e ficou com as rodas presas nas barreiras de concreto, a poucos metros
do elevado, foi um caminhão que transporta cimento.
De acordo com Reinaldo Leite,
diretor de obras civis da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), a altura
atual do elevado atende medidas de segurança, já que acima do cruzamento passam
linhas de alta tensão. “A altura atual por baixo do elevado é temporária e nem
a interdição será permanente. Posteriormente, o piso abaixo do elevado será
rebaixado para que a altura final da construção seja de 5,50 metros, ou seja,
altura adequada para que a circulação de veículos seja normalizada”, diz.
