O Pará registrou o maior
crescimento industrial entre todos os estados brasileiros no ano passado. Nos
doze meses de 2017, o estado registrou um aumento de 10,1%, o único com dois
dígitos no País. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (09) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o relatório, 12 das 15
localidades observadas tiveram expansão em 2017, com destaque para o
crescimento de dois dígitos do Pará (10,1%), enquanto Bahia (-1,7%), Pernambuco
(-0,9%) e a região Nordeste (-0,5%) registraram as únicas quedas no acumulado
de 2017.
“Estes índices começam a
refletir, de forma direta, a política de verticalização do governo do Estado,
com ações integradas pelo programa de desenvolvimento Pará 2030”, destaca o
secretário estadual de Desenvolvimento, Mineração e Energia, Adnan Demachki.
“As ações de incentivos fiscais e segurança institucional, por exemplo,
atraíram indústrias em áreas estratégicas, como as cadeias do açaí, palma e
alumínio.”
Na comparação com o mesmo período
do ano anterior, a indústria nacional cresceu 4,3% em dezembro de 2017, com
taxas positivas em oito dos 15 locais pesquisados. Amazonas (10,9%) e São Paulo
(10,1%) tiveram as maiores altas, impulsionados, principalmente, pelo
crescimento nos setores de equipamentos de transporte, equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos, no primeiro local (AM); e de veículos
automotores, reboques e carrocerias, produtos alimentícios e metalurgia, no
segundo (SP). Rio de Janeiro (7,2%), Pará (6,1%) e Mato Grosso (5,8%) também
cresceram mais que a média nacional (4,3%), enquanto Goiás (4,0%), Santa
Catarina (3,9%) e Rio Grande do Sul (0,3%) completaram o conjunto de locais com
alta no mês.
Por outro lado, Espírito Santo
(-5,1%) teve a maior queda nesse mês, pressionado, em grande parte, pela
indústria extrativa (óleos brutos de petróleo e gás natural), de celulose,
papel e produtos de papel (celulose) e de produtos de minerais não-metálicos
(cimentos “Portland”). Os demais resultados negativos aconteceram em Pernambuco
(-2,5%), região Nordeste (-2,3%), Bahia (-1,8%), Minas Gerais (-1,5%), Paraná
(-0,5%) e Ceará (-0,1%).
Em relação ao acumulado nos
últimos 12 meses, o crescimento de 2,5% em dezembro foi o mais elevado desde
julho de 2011 (2,8%). Em termos regionais, doze dos quinze locais pesquisados
tiveram taxas positivas no mês, mas apenas seis aumentaram o ritmo na
comparação com o índice de novembro: Goiás (de 2,8% para 3,7%), Mato Grosso (de
3,1% para 3,9%), São Paulo (de 2,7% para 3,4%), Bahia (de -2,4% para -1,7%),
Amazonas (de 3,2% para 3,7%) e Rio de Janeiro (de 3,7% para 4,2%). Enquanto
isso, Pernambuco (de 0,0% para -0,9%), Espírito Santo (de 2,3% para 1,7%),
Paraná (de 4,9% para 4,4%), Pará (de 10,5% para 10,1%), Ceará (de 2,6% para
2,2%) e Minas Gerais (de 1,9% para 1,5%) registraram as principais reduções de
ritmo entre os dois períodos.