Cerca de 219 internos custodiados
na Central de Triagem da Cremação (CTCREMA), em Belém, receberão a vacina
contra a gripe H1N1, a partir desta sexta-feira (4). Os detentos e funcionários
do sistema prisional fazem parte do público-prioritário da campanha de
vacinação do Ministério da Saúde (MS), juntamente com as crianças a partir dos
seis meses e menores de cinco anos, idosos acima de 60 anos, trabalhadores da
saúde, povos indígenas, gestantes e mulheres com até 45 dias após o parto.
A enfermeira responsável pelo
ambulatório da Central de Triagem, Adelaide do Socorro, destacou a importância
da vacinação e o atendimento prioritário aos presos e servidores do sistema
penitenciário. “Essa campanha anual criada pelo Ministério da Saúde é muito
importante, especialmente para atender o nosso público especifico, a população
carcerária e os servidores do sistema, além da equipe de saúde que atende
dentro das unidades. Fazendo a prevenção da gripe evitamos a ação do vírus
contra doenças cardíacas e do trato respiratório que podem causar quadro graves
de enfermidade, especialmente na população privada de liberdade. Para atender a
todos iremos realizar a campanha por três dias, dentro da Central, para
conseguir atingir os servidores que fazem escala de plantão na unidade, além
dos presos,” afirma.
Foi justamente para evitar a
gripe que o detento Geraldo dos Santos, 40 anos, fez questão de receber a
vacina. “É bom cuidar da saúde e se proteger contra a gripe. Estou há dois
meses aqui dentro e é importante a gente se cuidar para não pegar nenhuma
doença”, relatou.
O agente penitenciário Cidney
Rocha, também foi imunizado contra a gripe. “Sempre que acontecem as campanhas
de vacinação dentro das unidades participo. Acho importante preparar o nosso
organismo por conta do trabalho dentro das unidades prisionais. Essa atenção
especial ao atendimento dos servidores visa a nossa saúde e bem estar”, disse o
servidor.
Segundo o Ministério da Saúde
(MS), a escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização
Mundial de Saúde (OMS). São priorizados os grupos mais suscetíveis às doenças
respiratórias. Ainda segundo o MS, a vacina contra gripe é segura e reduz as
complicações que podem decorrer dos casos mais graves da doença que pode até
mesmo levar a morte.
Estudos demonstram que a eficácia
da vacina contra a influenza chaga ao máximo de 70% de prevenção, reduzindo
assim, as hospitalizações por pneumonias, entre outras doenças, do trato
respiratório e também evitando problemas cardíacos. A imunização via injeção
protege contra os subtipos do vírus influenza – H1N1 e H3N2 e B – e demora
cerca de três semanas para produzir os anticorpos que imunizam o organismo.
No Pará, a intenção é vacinar
todos os mais de 16 mil presos custodiados pela Susipe. O calendário de vacinação
nas unidades prisionais segue até o final do mês. Até agora, a vacinação já
ocorreu no Centro de Recuperação Regional de Mosqueiro (CRMO), onde 84,5% da
população carcerária já foram imunizadas e no Centro de Recuperação do Coqueiro
(CRC), onde a campanha atingiu 100% dos presos.
“Atendemos o calendário nacional
do Ministério da Saúde, que de 23 de abril a 01 junho. Solicitamos as vacinas
para as Secretárias Municipais de Saúde, de cada polo, para que possam fazer a
distribuição às casas penais. Cada unidade prepara o seu próprio calendário de
vacinação e seleciona o quantitativo de dose necessária para atender os
detentos e os agentes penitenciários, de suas respectivas unidades. É
importante que possamos alcançar as metas estabelecidas pelo Ministério da
Saúde e poder imunizar o maior quantitativo possível de presos para garantir a
saúde da nossa população carcerária, além dos servidores do Sistema
Penitenciário”, finalizou a coordenadora da Divisão de Saúde da Susipe, Ana
Célia Chagas.