Eram ainda 6h desta quarta-feira, 23, e
os técnicos-administrativos da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e
da Universidade Federal do Pará (UFPA) já estavam de pé.
Durante todo o dia, os trabalhadores
realizaram atividades em Belém para mobilizar a categoria, com panfletos e
conversas nos portões, a participar da paralisação nacional dos servidores
públicos federais que ocorrerá dia 7 de junho. Segundo o membro da coordenação
geral do Sindtifes, Cléber Coelho, a paralisação faz parte de um plano nacional
de luta.
“A agenda foi aprovada no último
congresso da Fasubra. O principal objetivo da paralisação é chamar atenção para
a nossa campanha salarial. Nossos salários estão defasados desde 2015”, diz o
coordenador. O governo federal admite que o aumento pode ocorrer apenas em
2020. “Por isso, se não houver negociação, é possível [realizarmos] uma greve
geral unificada”, completa Cléber. Haverá paralisação dia 7 de junho em
diversas capitais do país.
O portão da UFRA esteve fechado durante
toda a quarta-feira, sendo apenas liberada a entrada de bolsistas e técnicos
que trabalham diretamente com os animais cuidados pela instituição. Pela manhã,
foi servido um café da manhã aos servidores que participavam da atividade.
“Realizamos distribuição de panfletos por todo o dia e informamos a todos sobre
a nossa campanha”, afirmou o coordenador.
Barros Barreto
Em frente ao Hospital Universitário João
de Barros Barreto (HUJBB), técnicos da UFPA também chamavam a atenção dos
servidores, pacientes e acompanhantes para as causas da categoria. Os
manifestantes denunciaram a demissão em massa que vem ocorrendo no Restaurante
Universitário (RU) da UFPA e o sucateamento do HUJBB. De acordo com relatos, o
número de leitos do hospital teve um corte de cem unidade recentemente, o que é
alarmante para um hospital de alta complexidade.
As atividades, tanto do dia 23 de maio
quanto do dia 7 de junho, foram decididas também na última reunião do Fórum das
Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Estiveram
presentes as entidades: Andes-SN, Anfip, Asfoc-SN, Assibge-SN,
Condsef/Fenadsef, CSP-Conlutas, Fenajufe, Fenasps, PROIFES, Sinait, Sinal,
Sinasefe e UNACON-Sindical/Fonacate.