Prosseguem até o dia 30 de junho as
inscrições para o Edital de Pesquisas 2018 do Banco da Amazônia. A instituição
oferta R$ 1 milhão para estimular a expansão da pesquisa cientifica,
tecnológica e de instituições públicas e privadas na área de big data e análise
de dados, bioprodução e bioeconomia, nanotecnologia e produtos inteligentes,
dentro da linha temática indústria avançada.
De acordo com a coordenadora de
Sustentabilidade, Meio Ambiente e de Estudos Econômicos, Josimara Almeida, os
projetos para concorrer no Edital 2018 devem ser individuais, compreendendo um
único projeto de pesquisa apresentado por um pesquisador ou por um grupo de
pesquisadores vinculados a instituições públicas ou privadas de ensino superior
e/ou pesquisa. “Essa é a grande diferença deste Edital em relação ao de 2015”,
comentou.
O último edital foi publicado pelo Banco
em 2015 e contemplou 18 projetos dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal.
Nesse ano, foram apresentadas 218 propostas, sendo 5% do estado do Acre,
Amazonas (11%), Amapá (5%), Maranhão (3%), Mato Grosso (14%), Pará (38%),
Rondônia (11%), Roraima (3%) e Tocantins (10%). O grupo de pesquisa que mais se
destacou foi o de Recursos Naturais e Meio Ambiente com 32% do pleito, seguido
do de Agricultura com 26%.
A instituição já financiou 389 projetos
de pesquisa de 1999 até o ano de 2017 com recursos na ordem de R$ 28,6 milhões,
envolvendo parcerias com mais de 40 instituições da Amazônia Legal. O apoio do
Banco para o desenvolvimento da ciência na região se intensificou a partir do
final da década de 90 quando a Instituição passou a financiar projetos por meio
dos recursos vindos de 1,5% das liberações feitas pelo então Fundo de
Investimento da Amazônia (FINAM). Em 2004, o Banco começou a aportar recursos
próprios na área, culminando com o lançamento, em 2015, do Edital de Seleção
Pública de Pesquisa Científica e Tecnológica, que agora ganha sua segunda
versão.
Um destes projetos é de autoria do
pesquisador Rafael Salomão, do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará.
Responsável por um dos 18 projetos contemplados no Edital de Pesquisa 2015 do
Banco da Amazônia, o pesquisador foi selecionado com o projeto “Desenvolvimento
e Disponibilização de Livre Acesso de Software para Restauração de Áreas
Degradadas de Reserva Legal (ARL) e de Preservação Permanente (APP) na
Amazônia”, concluído em novembro do ano passado.
Realizado em parceria com a Universidade
Federal do Pará (UFPA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e
a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), o projeto de Rafael Salomão
permitiu a criação de um software que torna possível selecionar as espécies
arbóreas mais adequadas para a restauração de áreas degradadas na região. “Na
COP-21, Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, o Brasil se comprometeu a
restaurar 12,5 milhões de hectares, sendo 4 milhões somente no bioma Amazônia,
compromisso este reafirmado na COP-23. Com nosso trabalho é possível selecionar
as espécies madeireiras e não-madeireiras mais adequadas a esse processo de
restauração. E a contribuição do Banco da Amazônia foi muito oportuna para a
realização deste projeto e o desenvolvimento do software”, enfatiza Rafael
Salomão.
O apoio do Banco da Amazônia à pesquisa
é feito através de seleção de projetos na forma de Edital, publicado no Diário
Oficial da União (DOU), divulgado e disponível no site institucional. A
iniciativa pretende dar maior transparência e visibilidade do processo à
sociedade. O Edital obedece ao seguinte cronograma: até 30 de junho de 2018
ocorre o período de inscrição das propostas, de 1º de julho a 5 de agosto
ocorrem as análises das propostas inscritas, e até 16 de agosto haverá
divulgação das propostas selecionadas.
Confira os detalhes no site
institucional do Banco é www.bancoamazonia.com.br.