Processo de reflorestamento das áreas mineradas, com espécies produzidas a partir das matrizes florestais - Foto Alcoa |
Árvores de maçaranduba, castanheira, pau
rosa e pau cravo, espécies florestais ameaçadas de extinção no Brasil, estão
sendo multiplicadas em Juruti, Oeste do Estado do Pará. As mudas são cultivadas
por comunitários de Juruti Velho, com o incentivo da empresa Alcoa, que mantém
empreendimento de mineração de bauxita no município. Com sementes, frutos e
pequenas amostras extraídas dessas árvores-matrizes, que contam com os cuidados
e monitoramentos do programa de Conservação da Flora da empresa, os
comunitários reproduzem essas importantes espécies da floresta.
O acompanhamento é feito na área de
influência das operações da mina para verificar se há qualquer alteração em
função das atividades desenvolvidas pela empresa, com atenção especial às
espécies ameaçadas de extinção. “É avaliada a qualidade e a quantidade da
vegetação da área de influência direta e indireta, em diferentes ambientes,
como várzea e terra firme, num raio de até 60 quilômetros da mina”, explica a
engenheira florestal, Susiele Tavares, responsável pelo programa de Conservação
de Fauna e Flora da Alcoa Juruti.
O monitoramento da flora local é realizado
através de levantamentos semestrais, feitos por equipes especializadas que
medem, quantificam, qualificam e registram em campo a vegetação próxima ao
empreendimento, bem como as áreas em processo de recuperação após a mineração.
O objetivo é inventariar e documentar a flora local formando coleções
científicas, disponíveis à comunidade científica; investigar a composição das
diferentes associações vegetais nas áreas próximas ao empreendimento; além de
fornecer subsídios técnico-científicos para programas de recuperação de áreas
alteradas.
Atualmente, os especialistas da Alcoa
fazem o mapeamento de 184 espécies distribuídas em quatro pontos no entorno do
empreendimento de mineração de bauxita em Juruti. Os resultados são relatados
periodicamente à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do
Pará (SEMAS), órgão responsável pelo licenciamento ambiental da mina. O
monitoramento inclui o pau cravo e o pau rosa, espécies ameaçadas de extinção.
Reflorestamento
O resultado do trabalho feito por meio
do sistema de monitoramento da Alcoa pode ser observado com grande evidência na
recuperação florestal das áreas já mineradas em Juruti, feita com o
envolvimento direto de comunitários residentes na região de Juruti Velho. Eles
coletam o material genético e os insumos para produzir as mudas de espécies
florestais e têm o acompanhamento técnico para garantir a qualidade da
produção. Após esse período, a empresa faz a compra das mudas e contrata os
produtores para fazerem o plantio.
“Esse processo garante a integração do
empreendimento com a comunidade, gera renda para os comunitários, além de
assegurar o futuro das espécies florestais consideradas em risco de extinção.
Ou seja, os próprios moradores se tornam protagonistas da história regional,
com incentivo da Alcoa, o que reforça nosso compromisso de atuar com
sustentabilidade”, destaca Rogério Ribas, gerente de Relações Institucionais da
Alcoa Juruti.
O processo de restauração ecológica da
Alcoa Juruti vem acontecendo desde 2009 com o programa de produção de mudas.
Atualmente, 16 comunidades participam do programa, chegando a envolver em torno
de 180 famílias. Em 2016, após receberem capacitação, os comunitários passaram
a fazer o plantio de mudas nas áreas mineradas, aumentando as possibilidades de
melhorar a renda familiar. Os dados do monitoramento são fundamentais para a
restauração ocorrer da forma mais próxima possível da floresta original.