Planejar viagens, conhecer trajetos e
acompanhar, em tempo real, a localização das linhas de ônibus em Belém, essas
são algumas funções do aplicativo “Olha o Ônibus”. O projeto foi desenvolvido
por Joiner Sá, Fabricio Farias e Vicente Castro, em Cametá, com suporte do
Edital Navega Saberes/Infocentros 2017 e foi executado no Laboratório de
Programação Extrema (Labex), sob coordenação do professor Fabrício Farias. O
aplicativo é gratuito e está disponível no sistema operacional Android.
Inicialmente, estão cadastradas as
linhas que saem do terminal da UFPA e também o Circular. É possível conhecer as
rotas, além de acompanhar e compartilhar, em tempo real, a localização dos
veículos. “O ‘Olha o Ônibus’ é uma realidade para a melhoria da mobilidade
urbana, assim como uma ferramenta de estímulo à colaboração entre usuários. Um
dia, um usuário estará compartilhando a localização do ônibus, mas, em outro
dia, ele poderá consultar a localização
disponibilizada por outros usuários”, afirma o desenvolvedor do aplicativo, professor
Fabrício Farias.
Foram desenvolvidos, especialmente para
a ferramenta, algorítmos que visam verificar possíveis falhas ou informações
falsas enviadas por usuários mal intencionados. A intenção, com isso, é também
contribuir com a credibilidade do aplicativo, assim como desestimular o envio
de informações erradas. “Isso foi possível por meio de pesquisas que resultaram
em novos modelos matemáticos que tratam dessa funcionalidade. Esses resultados
já foram enviados para um periódico especializado e esperamos, em breve,
compartilhar com o meio acadêmico”, completa o professor.
Importância - De acordo com o professor
Fabrício Farias, o desenvolvimento do aplicativo é importante para o meio
acadêmico por terem sido trabalhados, durante seu processo de criação,
conceitos como o de desenvolvimento de softwares e inteligência artificial. No
âmbito social e da extensão, a intenção é que o projeto seja uma ferramenta de
auxílio à mobilidade urbana.
“A proposta trata sobre o papel de todos
em relação ao compartilhamento das informações. Afinal, boas pessoas dividem e
todos podem ajudar de forma gratuita. Com isso, temos diversos impactos
sociais, como otimizar o tempo das pessoas e também retirar a imprevisibilidade
do horário que determinado ônibus passa. Tudo isso sendo feito por usuários que
ajudam outros usuários”, ressalta o desenvolvedor.
O professor explica, ainda, que, quando
se trata de extensão, o papel da universidade vai além do ensino, e o seu
objetivo é propor soluções em prol de toda a comunidade. “Neste momento,
sabemos a importância de buscar soluções para a mobilidade urbana, pois, em
Belém, os usuários do transporte público se ‘estrangulam’ para poder
utilizá-lo, isso sem saber informações básicas, como qual horário o ônibus
chegará. Desta forma, serviços dessa natureza remetem à qualidade de vida das
pessoas, assim como permitem o desenvolvimento do sentimento da colaboração e
partilha”, conclui.
* Colaboração Assessoria de
Comunicação da UFPA