Comércio de produtos falsificados: saiba como evitar problemas comuns durante o verão




Durante a época de férias escolares é comum aumentar a procura e a compra de brinquedos para crianças, por isso, para evitar que os consumidores sejam enganados no que se refere à qualidade dos produtos, especialmente adquiridos no Comércio de Belém, o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC) dá algumas dicas e alerta sobre o que atentar para não comprar objetos que tragam algum dano à criança.

A principal dica é encontrar o selo do Inmetro no produto, inclusive com informações sobre o fabricante. Também existem outras orientações a respeito de produtos vendidos no comércio, como roupas, sapatos, entre outros. Os peritos alertam que é bom sempre verificar as etiquetas do fabricante, visto que produtos que são  falsificados não apresentam, normalmente, informações sobre lavagem, forma para secar, passar, além de não conter o uso de CNPJ da empresa que confeccionou o produto.

Ainda de acordo com a instituição, a recomendação é comprar em um estabelecimento confiável, que tenha referências e, se o consumidor desconfiar, melhor não comprar. Caso apenas constate o não funcionamento correto do produto ou se sua qualidade não é coerente com o que foi informado na loja, o consumidor deve, munido de nota fiscal, retornar à loja e tentar resolver com o fornecedor. Diante da negativa, ele deve procurar a Delegacia do Consumidor (Secom).

Ocorrências - Segundo o gerente do Núcleo de Documentoscopia Forense do CPC, Jorge Pinto, entre os principais casos recebidos pela equipe do órgão estão, a falsificação de documentos de veículos e de assinaturas de aposentados para a realização de empréstimos bancários. Também são listados como ocorrências comuns a abertura de empresas em nome de terceiros e falsificação de cédulas monetárias. Nesta última situação, é adequado sempre verificar a existência da marca d’água das cédulas, obrigatória, e que sempre corresponde ao animal que está impresso na nota.

Quanto aos idosos, que já teve seus dados clonados e foram vítimas de golpes, como empréstimos feitos em seus nomes sem sua autorização, a orientação principal é ter cuidado redobrado na frente dos bancos, não dar cópia dos seus documentos para pessoas desconhecidas, especialmente identidade, CPF e título de eleitor. O ideal é sempre buscar instituições credenciadas e ter muito cuidado com financeiras independentes.

Pirataria no Brasil - O Brasil paga um preço alto pelos prejuízos financeiros e sociais provocados pelo comércio de produtos falsificados, a conhecida pirataria. O Pará é o maior mercado de comercialização desses produtos na Região Norte, e o oitavo do Brasil, segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF). Entre os itens mais apreendidos estão CD, DVD, roupas e óculos. Também entram na lista produtos como sapatos, artigos esportivos, medicamentos, bebidas e cigarros.

Procon - A Diretoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), orienta ao consumidor como proceder ao comprar um produto pirateado. É preciso procurar imediatamente uma unidade de proteção ao consumidor e fazer a denúncia.

É recomendado dar atenção aos preços das peças e desconfiar sempre de produtos muito baratos e sem nota fiscal. Se estiver em dúvida sobre determinada loja, procurar informações em sites e por meio de aplicativos que avaliam esses estabelecimentos é uma dica.

Para denunciar ao Procon basta ligar para o número 151, de segunda a sexta-feira, das 8 às 14 horas, mandar mensagem pelo aplicativo Governo Digital ou se dirigir à sede do Procon, em Belém, na Travessa Lomas Valentinas, 1150.