* Agência Brasil Brasília
Parte da América do Sul e do Oceano
Pacífico poderá observar, a partir das 16h48 de hoje (2) um dos fenômenos mais
interessantes da astronomia: o eclipse total do Sol. O fenômeno ocorre quando a
Lua fica entre a Terra e o Sol, ocultando total ou parcialmente a luz solar em
uma faixa terrestre.
Uma peculiaridade tornará o evento ainda
mais interessante e raro, este ano. A sombra projetada na Terra passará pelo
observatório La Silla, no Chile – um dos mais importantes do mundo, localizado
a uma altitude de 2,5 mil metros, livre da poluição visual produzida pelas
luzes das cidades. A expectativa é que as imagens a serem produzidas da coroa
solar ajudem a avançar os estudos sobre a atmosfera, ventos solares e forças
gravitacionais, entre outros.
É a terceira vez em 50 anos que um
eclipse passa por espaços com grades telescópios. Em 1961 ele passou pelo
L'Observatoire de Haute-Provence, na França; e em 1991, em Mauna Kea, no Havaí.
“A observação e o registro de eclipses
solares ainda hoje são importantes para o estudo da coroa solar, cujas
características não são totalmente compreendidas e o comportamento é importante
para prever o clima espacial. A ejeção de massa coronal em direção à Terra é um
fenômeno que pode danificar nossas redes elétricas, telecomunicações e
satélites”, explicou, por meio de nota, o pesquisador Eugênio Reis, do
Observatório Nacional Eugênio Reis.
"Apesar de a coroa solar brilhar
milhões de vezes menos do que a fotosfera solar, um eclipse total do Sol é uma
ótima oportunidade para estudá-la", disse.
No Brasil, o fenômeno poderá ser visto
em alguns estados, mas apenas de forma parcial. O Observatório Nacional informa
que os lugares com melhor visualização serão Porto Alegre, onde o sol terá 75%
de sua área sombreada pela lua, a partir das 16h48; Florianópolis (60%, com
início às 16h53), Curitiba (55%, com o eclips iniciando às 16h55), Campo Grande
(46% - início às 16h56), São Paulo (46% - início às 17h), Rio de Janeiro (40% -
início às 17h03).
O próximo eclipse total do Sol só poderá
ser visto em 12 de agosto de 2045 no Nordeste brasileiro.

