A Faculdade UNINASSAU Belém realiza, ao
longo do mês de setembro, um estudo para mapear como está a saúde da população
paraense afetada pelo novo coronavírus. A iniciativa terá a duração de cinco
meses e irá envolver cidades de três regiões paraenses: toda a metropolitana de
Belém; Santarém, no oeste do Pará e Marabá, na região sudeste. A pesquisa será
por meio virtual e pretende alcançar seis mil pessoas que responderão um
questionário disponível no link https://forms.gle/JAsT35nXbuf694nW8.
Ao todo, cinco cursos de graduação
participam do estudo quantitativo: farmácia, nutrição, fisioterapia, enfermagem
e psicologia. São 20 pessoas, entre
docentes e acadêmicos, integrantes da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva e
Parasitologia (LASCP), da UNINASSAU Belém. Para a coordenadora do projeto, a
professora do curso de farmácia, Luciana Nascimento, a pesquisa irá pontuar os
impactos da pandemia (o que inclui as medidas para prevenção e controle) na
saúde de pessoas que tiveram ou não a covid-19.
"Com a pesquisa nós teremos dados
concisos sobre as pessoas que tiveram covid-19, desde os sinais e sintomas da
doença, se houve ou não intervenção terapêutica segura e até traçar um impacto
na saúde mental e alimentar. Além disso, também será observado nas pessoas que
não apresentaram a doença, as alterações osteomusculares, o acesso a
profissionais de saúde para auxiliar quanto a outras doenças, as mudanças na
alimentação e a saúde mental. As medidas implementadas na sociedade, como o
distanciamento, ocasionaram uma mudança na rotina, associada a uma crise
econômica, que pode ter alterado a parte física e mental da população. A partir
dos resultados, podemos pensar em ações e projetos de extensão para minimizar
ou tratar possíveis sequelas na população", disse a pesquisadora, doutora
em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários.
O questionário conta com 30 questões e
seguirão nos seguintes eixos: Características socioeconômicas e acesso a
profissionais e serviços de saúde; Sinais e sintomas da covid-19 na população
paraense; Medicamentos e/ou chás utilizados para tratamento ou prevenção da
covid-19; Alterações osteomusculares relacionadas ao isolamento ou
distanciamento social - como lesões e dores; Impacto da pandemia a saúde mental
- como fobias, ansiedade e depressão - e as modificações na alimentação - tais
como compulsão alimentar, entre outros.
Como critério de participação, é
necessário:
- Ler e aceitar o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecimento (TCLE);
- Ter manifestado ou não a covid-19;
- Ter idade igual ou acima de 18 anos;
- Residir nos municípios da Região
Metropolitana de Belém, Santarém e Marabá.
Não habilitados à pesquisa:
- Pessoas extremamente debilitadas,
internadas ou não em hospitais, no período de preenchimento do questionário;
- Pessoas com covid-19 no período de
aplicação do questionário.
Essa pesquisa obedece às diretrizes e
normas da Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 466/2012, que trata de
pesquisas envolvendo seres humanos. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética,
pela Plataforma Brasil, sendo autorizado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do
Instituto Evandro Chagas, de Ananindeua. Pelo calendário, o questionário será
aplicado no período de 01 a 08 de setembro de 2020, após ocorrerão dois meses
de análise de dados e um mês para a formalização dos resultados. A divulgação
do resultado está programada para dezembro.