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Crédito: Bruno Cecim / Ag.Pará
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Ao todo, 32 municípios paraenses, que
integram as regiões Metropolitana de Belém, do Marajó Oriental e do Baixo
Tocantins, saem da bandeira amarela para o bandeiramento verde, definido pela
capacidade hospitalar controlada e pela evolução em fase decrescente de
contaminação pela Covid-19. Também mudam de bandeira, a partir desta
quarta-feira (16), com as novas medidas publicadas pelo Governo do Estado, as
regiões do Xingu e do Tapajós, que saem da laranjada para a amarela.
As determinações estão dispostas no
Decreto Estadual 800/2020, publicado com alterações no Diário Oficial (DOE), e
que trata sobre o Projeto Retoma Pará. Dentre elas, a inclusão de teatro,
cinema e serviços de educação entre as atividades permitidas ao retorno
gradual, a partir da bandeira amarela. E, partindo da bandeira laranja, ficam
autorizadas as academias, os bares, os restaurantes e as imobiliárias. Até
então, a orientação do Estado era que estes setores permanecessem fechados
pelos Municípios.
"O decreto é uma orientação, mas
cabe às prefeituras determinarem medidas no âmbito de seus territórios, assim
como quais atividades devem retomar e os horários de funcionamento, por
exemplo, conforme prevê o Supremo Tribunal Federal (STF), que deu autonomia aos
prefeitos para esta tomada de decisão. O Estado, no entanto, sinaliza a
situação de cada região, indicando a taxa de ocupação de leitos e de
contaminação pela doença, através do bandeiramento, para nortear as decisões
das administrações municipais", disse Ricardo Sefer, procurador-geral do
Pará.
Outra mudança diz respeito às reuniões
presenciais que, antes, deveriam ocorrer com o número limitado de até dez
participantes e, agora, passam a ser permitidas a todas as bandeiras, exceto à
preta, sem restrição de número.
Da mesma forma, as instituições
religiosas que, a partir de agora, podem funcionar sem a limitação na
quantidade de pessoas, prevista pelo decreto anterior, mas mantendo a taxa de
ocupação de até 50% da capacidade do ambiente, exceto no caso de regiões em
bandeira preta, onde as instituições devem seguir fechadas.
Administração Pública
A maior quantidade de mudanças,
instituída nos dispositivos do Decreto 800/2020, está voltada à Administração
Pública. De acordo com a legislação, os servidores pertencentes ao grupo de
risco devem retornar, de forma irrestrita, ao expediente presencial. Além
disto, fica a critério do gestor a autorização para o trabalho remoto nas
unidades em que seja possível, sem que haja prejuízos ao interesse público e ao
atendimento à população.
Também, ficam permitidas as reuniões
presenciais com até 200 pessoas, adotadas as medidas de proteção sanitária e
distanciamento social; a realização, sem restrições, das sessões presenciais de
contratações públicas que, antes, estavam limitadas a uma pessoa por empresa e
apenas às contratações essenciais; o deslocamento nacional ou internacional de
servidores públicos, empregados públicos e colaboradores , no interesse do
serviço; e o agendamento ou a realização de eventos presenciais, promovidos ou
apoiados pelo Poder Executivo Estadual.
A partir do dia 1º de outubro, fica
liberada, em todas as unidades, a utilização da biometria para o registro
eletrônico do ponto, no âmbito da Administração Pública Estadual Direta e
Indireta.
Unidades prisionais
As visitas às unidades prisionais e
unidades socioeducativas do Estado ficam autorizadas, desde que respeitadas as
medidas de distanciamento controlado e os protocolos geral e específicos
previstos pelo decreto e pela Portaria nº 689/2020, da Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária (SEAP), que instituiu o Plano de Retomada de
Visitas.
"Ainda existe um caminho longo, até
chegarmos ao que entendemos como o 'novo normal'. Mas, com base em todos os
estudos técnicos, que a equipe do governo do Estado vem realizando,
periodicamente, é possível percebermos que estamos com os números estáveis, em
especial nas regiões em bandeira verde, que ficam autorizadas ao retorno
gradual de atividades, de forma menos restritivas que as bandeiras anteriores,
sem deixar de seguir rigorosamente os protocolos de segurança", concluiu
Ricardo Sefer.