A celebração de um culto ecumênico e
entrega de cartilhas com orientações sobre perigos no trânsito fazem parte da
programação alusiva ao mês em Memória às Vítimas de Acidentes de Trânsito,
organizado pelo Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em
Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.
Integrante da rede de hospitais públicos
do Governo do Pará, o Hospital Metropolitano é referência no tratamento de
média e alta complexidade em traumas na Região Norte e recebe vítimas de
acidentes de trânsito de mais de 60 municípios paraenses.
Em alusão ao Dia Mundial em Memória das
Vítimas de Acidentes de Trânsito - 15 de Novembro, instituído pela Organização
das Nações Unidas (ONU), o evento idealizado pelo HMUE visa conscientizar a
população sobre o tema e homenagear as vítimas. "A data é uma oportunidade
para refletir sobre o que fazer para salvar vidas, a partir do esforço coletivo
entre todos que trabalham pela melhor segurança nas ruas e rodovias e com ações
baseadas em evidências para prevenir mais mortes e ferimentos no
trânsito", informou o secretário de Estado de Saúde Pública, Rômulo
Rodovalho Gomes.
Fatores de risco - Dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS) mostram que, todos os anos, mais de 42 milhões de
pessoas morrem em acidentes de trânsito no mundo. Segundo o coordenador do
Pronto Atendimento da unidade, José Guataçara, os fatores que mais causam
acidentes são uso do celular, consumo de álcool, excesso de velocidade,
vulnerabilidade no trânsito, e no caso de motocicletas, falta do capacete.
"É importante ressaltar que devemos
respeitar as leis de trânsito e lembrar que é essencial preservar a nossa e a
vida do próximo. Então, deixa para enviar mensagem depois, use sinto de
segurança e fique atento", alertou o médico. "Na moto, a questão é
ainda mais delicada, já que a única proteção é o capacete", complementou.
A supervisora de Humanização do Hospital
Metropolitano, Natália Failache, uma das organizadoras da programação, disse
que "esse é o momento para homenagear também familiares, amigos, equipes
de emergência, policiais, enfermeiros e médicos, que lidam com as consequências
traumáticas dos acidentes de trânsito".
Além de prestar atendimento, o Hospital
Metropolitano investe em ações de prevenção e sensibilização sobre o tema,
realizadas durante todo o ano. Entre os projetos estão "Direção Viva"
e "Quero Andar de Moto Até Morrer e Não Morrer Andando de Moto".
Estatística - De janeiro a outubro de
2020, o Hospital Metropolitano recebeu 3.729 pacientes vítimas de acidentes de
trânsito. No mesmo período do ano passado, foram 3.476, um aumento de 7,27%. Em
relação ao número de óbitos, nos dez primeiros meses de 2019 e de 2020, os
dados são os mesmos: 139 pessoas não resistiram aos ferimentos. Os dados
mostram ainda que o acidente de trânsito continua sendo a principal causa de
mortes de pessoas entre 15 e 29 anos.
"Os acidentes de trânsito ocorrem
todos os dias e, além das questões de saúde, geram um forte impacto social e
econômico. Precisamos cada vez mais conversar com os nossos motoristas e
conscientizar sobre a importância de um trânsito mais seguro", ressaltou
José Guataçara.
Informações do Ministério da Saúde
atestam que os acidentes no trânsito deixaram mais de 1,6 milhão de brasileiros
feridos nos últimos dez anos, e representaram um custo de quase R$ 2,9 bilhões
para o Sistema Único de Saúde (SUS).
(Texto: Diego Monteiro - Ascom / HMUE).