Para celebrar o Dia Nacional do Doador
de Sangue - 25 de Novembro, o Hospital Jean Bitar (HJB), em Belém, por meio do
Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), em parceria com a Fundação Centro de
Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), realizou na manhã desta terça-feira
hoje (24) palestras para usuários e funcionários, com o objetivo de
conscientizar e sensibilizar para a importância do ato solidário de doar sangue
regularmente, para salvar vidas. Também foi o momento de agradecer e
reconhecer, com a entrega de certificados, o empenho dos funcionários da
instituição que são doadores voluntários de sangue.
Composto de células que cumprem funções
essenciais, como levar oxigênio a cada parte do corpo, o sangue defende o
organismo contra infecções e participa da coagulação. Não há nada que substitua
o sangue. Por isso, as unidades da hemorrede administrada pela Fundação Hemopa
e as unidades de saúde estão sempre promovendo ações de incentivo à doação,
mobilizando usuários, familiares e profissionais da área de saúde. Todo sangue
doado é separado em diferentes componentes, como hemácias, plaquetas e plasma,
o que significa que apenas uma doação pode beneficiar vários pacientes.
Segundo a assistente social da Fundação
Hemopa, Nilvete Smith, que ministrou as palestras, a quantidade de sangue doada
não afeta a saúde do doador porque a recuperação é imediata. "Uma pessoa
adulta tem, em média, cinco litros de sangue, e em uma doação são coletados no
máximo 450 ml de sangue. É pouco para quem doa, mas é muito para quem recebe.
Por isso, doe sangue, procure o Hemopa ou uma das unidades de captação mais
próxima da sua casa e contribua com esse gesto tão nobre de solidariedade e
amor ao próximo", ressaltou Nilvete Smith.
Durante as palestras, a assistente
social esclareceu dúvidas por meio de dinâmica com perguntas e respostas sobre
assuntos relacionados ao processo de doação de sangue, como requisitos para
doar e outras informações, enfatizando a necessidade que o Hemopa e as demais
instituições de saúde têm em captar doadores. O sangue, reiterou, não pode ser
comprado, por isso a manutenção dos estoques depende exclusivamente da
população que pode doar.
Para o usuário do "Jean
Botar", Ronaldo Silva, doador de sangue há mais de 20 anos, "doar
sangue é mais que um ato de amor; é também uma forma de investir na manutenção
da nossa própria vida, caso a gente venha a precisar, já que nunca sabemos a
hora que iremos precisar também de sangue para salvar a nossa vida. Por isso,
doe sangue e salve vidas, que, inclusive, pode ser a sua", acrescentou.
Sensibilização - Para incentivar a
doação de sangue no HJB são realizadas, diariamente, abordagens aos usuários no
ambulatório de atendimento do Serviço Social, durante a visita do SAU (Serviço
de Atendimento ao Usuário), e a ainda quando está sendo feito o atendimento dos
pacientes que recebem transfusão sanguínea.
Nos meses de agosto e setembro, segundo
a líder técnica da Agência Transfusional do HJB, Alyne Pardauil, em parceria
com a Fundação Hemopa e o GTH, foram montados estandes na recepção central do
Hospital, visando à captação de novos doadores. A iniciativa foi importante
para a Agência Transfusional, que realizou em média 77 transfusões por mês em
2019. Neste ano, a média mensal foi de 78 transfusões.
"A doação de sangue só é possível
graças à disponibilidade de pessoas que queiram ajudar outras pessoas. A
sensibilização de colaboradores, usuários e familiares deve ocorrer
frequentemente, a fim de manter em níveis adequados os estoques da Fundação
Hemopa", ressaltou Alyne Pardauil.
Requisitos básicos - Para doar sangue é
preciso: estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 69 anos, desde que a
primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem ser
acompanhados por responsável); pesar no mínimo 50 kg; estar descansado (ter
dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas); estar alimentado (evitar
alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação); apresentar documento
original com foto recente, que permita a identificação do candidato, emitido
por órgão oficial (carteiras de identidade ou de trabalho, cartão de identidade
de profissional liberal, Carteira Nacional de Habilitação - CNH, e Registro
Nacional de Estrangeiro - RNE).