Em 2019 o Pará foi o estado nortista com
mais domicílios cadastrados em alguma Unidade de Saúde da Família, reunindo 1,5
milhões de domicílios cadastrados, frente aos 963 mil registrados em 2013. Dos
2,5 milhões de domicílios pesquisados, 1,6 milhão (ou 65,4%) tinham recebido a
visita de algum agente de endemias nos últimos 12 meses. Na capital foram
visitados 400 mil domicílios. Esse é um dos resultados apresentados pela
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada hoje (18) pelo IBGE, em convênio
com o Ministério da Saúde.
No mesmo período de 2019, observou-se
também que 89% dos domicílios paraenses tinham água canalizada em pelo menos um
cômodo, o que representa um aumento de 12 pontos percentuais em relação à 2013.
Já a coleta de lixo acontecia em 78% dos domicílios, índice que era de 74% em
2013.
Já a proporção de pessoas com algum
plano de saúde (médico ou odontológico) na região Norte foi a menor do Brasil
(14,7%). No Pará foi de 15,7% da população, em que mais da metade (74%) tinha
renda de 3 a 5 salários mínimos.
Nas duas semanas anteriores à pesquisa,
964 mil pessoas procuraram atendimento de saúde no Pará. Dessas, 87%
conseguiram ser atendidas, e 73% conseguiram desde a primeira tentativa. No
ano, houve 429 mil internações, sendo que 75% delas foram feitas por meio do
Sistema Único de Saúde (SUS).
Do total de pessoas que tiveram remédios
receitados, 87% conseguiram obter pelo menos um dos medicamentos, sendo que 22%
teve acesso por meio do sistema público de saúde. Do total de pessoas
beneficiadas pelo sistema, 27% não tinham instrução ou tinham o fundamental
incompleto, 28% tinham a cor preta e 31% não tinham rendimento ou ganhavam até
¼ salários mínimos. Os grupos foram os principais beneficiados. Observa-se que
à medida em que o rendimento ou o nível de instrução aumentam, a participação
do sistema público de saúde na distribuição de medicamentos diminui, chegando a
0% nos grupos com mais de 3 salários mínimos.
Na Região Norte, do total de pessoas
(100%) que se afastaram das suas atividades habituais por algum motivo de
saúde, os mais recorrentes foram problemas respiratórios (26%) e problemas nos
ossos e articulações (24%).
Constatou-se também que entre aqueles
que costumam procurar o mesmo local, médico ou serviço quando precisam de
atendimento de saúde, 47% recorrem a uma unidade básica de saúde (UBS), 23% a
um escritório particular ou clínica privada e 14% a uma unidade de pronto
atendimento (UPA), pronto socorro ou emergência de hospital público. O que mais
motiva a população nortista a buscar atendimento é o tratamento de doenças
(45%) e a vacinação, prevenção, check-up médico ou acompanhamento com outro
profissional de saúde (25%)
Já em relação às práticas integrativas
complementares, também conhecidas como medicinas alternativas, na região do
Pará é muito forte a presença de plantas medicinais e fitoterapia, em que 922
mil pessoas declararam ter realizado alguma prática nos últimos 12 meses
anteriores à pesquisa.
A presença de animais de estimação
também foi alta na região paraense: 1,5 milhão de domicílios tinha cachorro ou
gato, e em 956 mil (ou 62,6%) todos os animais estavam vacinados contra raiva.
O resultado foi parecido com o de 2013, em que 65% dos domicílios tinham seus
animais vacinados. Em Belém constatou-se que 20% dos domicílios têm algum gato,
enquanto 39% têm algum cachorro.