Nesta quarta-feira 26 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A data conscientiza a sociedade sobre a doença, que é uma das maiores causas de cegueira no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo dados da Associação Mundial do Glaucoma (AMG), o problema abrange cerca de 65 milhões de pessoas no mundo, sendo responsável por 4,5 milhões de ocorrências de perda total de visão. No Brasil atinge 2% da população acima de 40 anos, cerca de 1 milhão de pessoas.
Para Paulo Turiel, oftalmologista pela Pró-Saúde e com atuação no Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá, o glaucoma é uma doença que se desenvolve de forma lenta e silenciosa, por isso é fundamental os exames de rotina com especialistas.
"A idade avançada, o uso de determinados
medicamentos de rotina, a presença de algumas doenças específicas e a carga
genética-hereditária, são alguns dos fatores de risco que favorecem o
aparecimento da doença. Ela não tem cura, mas na maioria dos casos pode ser
controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais rápido o
diagnóstico, melhores serão as chances de se evitar a perda da visão",
ressalta.
"Infelizmente os sintomas iniciais da doença são imperceptíveis, de um modo geral é detectado numa fase já avançada, quando cerca de 50% das células ganglionares já estão atrofiadas, por isso é fundamental exames de rotina com o especialista, principalmente para quem já tem casos na família", explicou o oftalmologista da Pró-Saúde.
De acordo com Paulo Turiel, o glaucoma
não tem cura, mas a pressão intraocular pode regredir e fazer com que o ritmo
da doença seja diminuído. Geralmente, o tratamento dessa condição envolve
colírios para glaucoma, além do tratamento das condições de saúde individuais
que podem estar causando esse aumento de pressão.