A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP), maior maternidade pública do norte do Brasil, iniciou agora em junho um novo tipo de abordagem de uma emergência corriqueira no serviço obstétrico: a suspeita de rompimento das membranas amnióticas antes do trabalho de parto, a partir de 20 semanas de gestação.
O incidente de ruptura prematura de membrana amniótica (ruprema), rotura prematura das membranas (RPM), amniorrexe ou "bolsa rota" provoca pequenas saídas irregulares de líquido amniótico, com grande risco de sofrimento fetal, aborto e infecção para a gestante e para o feto.
Especialistas indicam que o fenômeno está associado a em torno de 40% dos nascimentos prematuros e a 18% das mortes de bebês antes de completarem um mês de vida. Em Belém, o Hospital atende cerca de 10 casos por semana, em média.
Como a olho nu a umidade vaginal pode ser confundida com diversos outros fluidos, muitos deles inofensivos à gravidez, até então, em alguns casos nos quais exames físico e de imagem não eram conclusivos, as pacientes precisavam ser internadas para investigação, estendendo-se ao momento do parto em si, período que poderia durar meses.
Dados da Santa Casa estimam que, no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o custo diário de internação de uma
gestante por intercorrências clínicas aproxima-se atualmente dos R$ 200 reais.
Recursos
De acordo com a diretora técnico-assistencial da Fundação Santa Casa, Norma Assunção, o novo método impacta no fluxo de leitos e, consequentemente, na economia de recursos públicos.