Detran recomenda a motociclistas que reforcem segurança no trânsito

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Em alusão ao Dia do Motociclista, lembrado nesta terça-feira (27), o Departamento de Trânsito do Estado (Detran) alerta sobre alguns cuidados essenciais para fortalecer a segurança e preservar a saúde dos condutores de motocicleta, que estão entre a maioria das vítimas de colisões de trânsito. 

Entre as recomendações, o diretor técnico-operacional do Detran, José Bento Gouveia, pede para que os condutores respeitem a sinalização, dirijam de forma defensiva, observando o movimento dos outros veículos e não deixem de usar o capacete e sapato adequado (fechado atrás) para evitar acidentes. 

"Todo o nosso carinho e respeito por todas as definições de motociclistas, sejam mototaxistas, motofretistas, pessoas que precisam ir trabalhar de moto ou se deslocar apenas como lazer. Pedimos que vocês se desloquem com muito cuidado por serem muito mais expostos. Atuamos para fortalecer a luta pelo respeito aos condutores com campanhas e qualificações", afirma. 

A Escola Pública de Trânsito do Detran qualifica cerca 400 a 500 mototaxistas por ano. No mês de abril deste ano, o órgão capacitou 70 profissionais mototaxistas de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém.

 O diretor explica que no Pará apenas 10 cidades possuem transporte coletivo. Nos outros municípios, os mototaxistas são ainda mais essenciais para fazer o transporte das pessoas e de bens.

 "Isso demonstra a importância desses profissionais para o desenvolvimento de cidades, para agilizar entregas. Um profissional, por exemplo, faz de 20 a 30 viagens por dia para sustentar a família enfrentando um trânsito complexo e que muitas vezes com outros motoristas que não têm respeito pelos condutores de motocicletas", afirma José Bento Gouveia. 

Acidentes 

Segundo o Detran, em 2020, até novembro, foram registrados 14.601 acidentes de trânsito envolvendo motocicletas/ciclomotores no Pará, representando 33% dos acidentes totais, totalizando 606 motociclistas mortos e 9856 feridos. Os dados de 2021 estão sendo contabilizados.

Em 2019, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência - referência em atendimento a traumas - recebeu 1.561 pacientes vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas. Em 2020, a unidade registrou 1.723 desse tipo de atendimento. De janeiro a junho deste ano, essas vítimas representam 761 atendimentos no HMUE. 

"Uma das principais lesões é o traumatismo craniano pela falta do uso de capacete, além de traumas em membros inferiores e superiores, e na maioria com fraturas expostas. Pacientes com essas lesões, comuns em acidentes de moto, seguem por um período de tratamento longo, que envolve uso de próteses, cirurgias delicadas e até procedimentos fisioterapêuticos*, explica José Guataçara, coordenador do Pronto Atendimento do Hospital Metropolitano. 

Já o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) funciona como unidade de retaguarda, já que o Hospital Metropolitano atua como porta aberta e realiza os primeiros atendimentos aos acidentados. O paciente é direcionado ao HPEG pelo tipo de fratura, e não pelo tipo de trauma sofrido. 

De janeiro até junho de 2021, 70% dos pacientes internados na unidade sofreram traumas decorrentes de acidentes de moto. No anterior, no mesmo período, o percentual foi de 80%.