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O Dia Nacional da Saúde é celebrado
nesta quinta-feira (05) e visa conscientizar as pessoas sobre a importância de
proteger e promover a saúde para a melhoria da qualidade de vida. Além disso,
ao contrário do que muitos pensam, o conceito de saúde não significa apenas
ausência de doenças, mas um estado completo de bem-estar físico, emocional e
social, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O conceito é amplo,
refere-se a uma visão integral do ser humano e considera, principalmente, a
adoção de medidas de prevenção.
As doenças relacionadas ao estilo de
vida, como obesidade, diabetes e câncer, estão entre as principais causas de
morte no mundo. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta a incidência de
9.250 casos novos de câncer para este ano, entre homens e mulheres no Pará. A
Oncologista Clínica, Danielle Feio, do Hospital Ophir Loyola, Centro de Alta
Complexidade em Oncologia, destaca que adotar um estilo de vida saudável e a
implementação de estratégias de prevenção ajudam a combater de 30% a 50% dos
casos de tumores malignos.
"De acordo com a Organização
Pan-Americana da Saúde, cerca de um terço das mortes por câncer devem-se aos
cinco principais riscos comportamentais e alimentares: o alto índice de massa
corporal, principalmente gordura abdominal, baixo consumo de frutas e vegetais,
falta de atividade física, o uso de álcool e tabaco com frequência. A maioria dos
cânceres estão associados a exposições ambientais e ao estilo de vida, quando
agimos dessa forma os riscos de câncer e outras doenças crônicas
aumentam", alerta a especialista.
Além do estilo de vida saudável para
combater o câncer, a vacina contra a Hepatite B que está associada ao câncer de
fígado é essencial. "O vírus é transmitido por relação sexual, por sangue
contaminado, por meio de transfusão, compartilhamento de seringas, agulhas e
outros materiais contaminados e também de mãe para filho", explica
Danielle Feio.
A oncologista também alerta sobre a
importância da vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV), recomendada para
meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, pacientes com HIV de ambos os
sexos e pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos. Ela ressalta que
a vacinação disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma forma de prevenção
de alguns tipos de câncer que levam à morte ou trazem sequelas irreversíveis.
"Existe uma alta incidência de
câncer de colo de útero entre as mulheres paraenses, tumor causado por alguns
tipos de HPV, vírus que também está associado aos cânceres de pênis e de
orofaringe. A via sexual é a principal forma de transmissão, que inclui contato
oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital, mas pode ocorrer mesmo
na ausência de penetração vaginal ou anal. A imunização não substitui o uso do
preservativo em todas as relações sexuais", orienta.
Danielle Feio também chama a atenção para
quem já foi paciente oncológico. "Quem já teve o câncer é importante que
siga uma alimentação saudável, mantenha exercícios físicos em dia e a massa
corporal adequada ao seu biotipo para que tenha o menor índice de
recidiva". E na presença de qualquer sinal ou sintoma diferente, um
especialista deve ser consultado para uma avaliação. "O diagnóstico
precoce salva vidas, pois conseguimos programar um tratamento de médio a curto
prazo, possibilitando chances altas de cura e controle para o paciente",
conclui.
Colaboração: Viviane Nogueira/Ascom Ophir
Loyola