A Polícia Federal, com o apoio da
Polícia Rodoviária Federal, deflagrou, entre os dias 3 e 4 de agosto, a
Operação Poturu*, para reprimir a prática de garimpo ilegal no entorno de
terras indígenas no norte do Pará, na região conhecida como Calha Norte.
A ação tem como foco a desativação de
garimpos, por meio da apreensão de materiais e destruição de maquinários
utilizados na prática ilegal, e a repressão de outros crimes ambientais
oriundos da extração ilícita de minérios. Estima-se dano ambiental na ordem de
R$ 74,5 milhões na área de garimpo de 325 hectares, conhecida como “13 de
Maio”, pelos danos causados com o desmatamento e a extração mineral.
Cerca de 40 policiais federais e 16
integrantes de órgãos parceiros estão atuando na desarticulação de um garimpo
de 325 hectares em atividade de extração mineral, localizado no município de
Almeirim/PA.
Ao longo do trabalho foram coletadas
amostras de ouro, que passarão a constar em um banco de dados da Polícia
Federal, que, a longo prazo, permitirá a identificação da origem de futuras
apreensões do mineral. Foram apreendidas ainda duas escavadeiras hidráulicas,
oito motores de seis polegadas e uma espingarda.
Integraram a equipe policiais federais
capacitados na contenção de distúrbios civis, visando preservar a integridade
dos indígenas e dos invasores, e peritos criminais federais, para análise de
vestígios dos graves crimes ambientais cometidos na região. Devido às grandes
distâncias e impossibilidade de acesso terrestre até os pontos de intervenção,
foram empregadas aeronaves da Polícia Federal e da Divisão do Subcomando de
Suporte Aerotático da PRF.
Além da PF e PRF, participaram da
operação agentes do Ibama, Funai, Ministério Público do Trabalho, Secretaria de
Segurança Pública e Grupo Tático Aéreo do Amapá e a Subsecretaria de Inspeção
do Trabalho.
A Operação Poturu se insere no contexto
de atuações da Polícia Federal para proteção dos povos indígenas mais
vulneráveis, a partir da identificação das terras indígenas submetidas a maior
atuação de invasores, no território nacional. Ao longo deste ano, foram
deflagradas operações de semelhante natureza nas Terras Indígenas Karipuna
(RO), Munduruku (PA) e Yanomami (RR/AM), estando em fase de planejamento iminentes
intervenções em demais áreas tuteladas.
* O nome Poturu refere-se à madeira da
árvore utilizada para confeccionar os adornos labiais utilizados pelos
indígenas da região.
Com Comunicação Social da Polícia
Federal