Mesmo com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a análise de especialistas que mostram otimismo com o crescimento da economia em 5%, mesmo faltando 4 meses para o final do ano, a opinião pública do Norte segue preocupada com a recuperação da economia, segundo pesquisa do Radar Febraban para a região.
Para 37%, o poder de compra vai encolher
nos próximos seis meses. Em junho, essa avaliação era compartilhada por 35% das
pessoas.
O número daqueles que aguardam a
recuperação financeira da família apenas em 2022 aumentou de 53%, em junho,
para 66%. O número daqueles que achavam que essa situação iria melhorar ainda
este ano diminuiu drasticamente, de 29% em junho para os atuais 13%. São
também, nesses quesitos, as avaliações mais pessimistas entre todas as regiões.
Aumentou também o número de
entrevistados que acreditam num aumento da taxa de juros no próximo semestre:
78%, contra 68% verificados em junho.
Um indicador que registrou queda foi a
expectativa de aumento do desemprego (44% hoje, era de 46% em junho).
Além da avaliação da economia e do
consumo, o Radar Febraban verificou a opinião pública sobre a imagem dos bancos
e sua cobertura pela imprensa. "A credibilidade no setor bancário alcançou
os patamares mais elevados de opinião positiva desde o início da série
histórica do estudo: confiança nos bancos; satisfação com o atendimento
bancário; avaliação positiva da contribuição dos bancos para o desenvolvimento
da economia, a ajuda ao país, à sociedade e aos clientes no enfrentamento da
pandemia, a geração de empregos, e a melhora da qualidade de vida das
pessoas", aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente
do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e
Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa.