Garantir suporte emocional aos alunos
por meio de acompanhamento orientativo nos relacionamentos interpessoais, tanto
da criança, quanto da família, é um dos objetivos do trabalho que vem sendo
desenvolvido nas escolas SESI, do Pará. O projeto Psicologia Escolar, que visa
o bem-estar dos mais de 6 mil alunos atendidos no Estado, vai ocorrer durante
todo o ano letivo de 2022, em todas as unidades escolares do SESI da capital e
do interior do Estado, nas turmas de Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio.
De acordo com Márcia Arguelles Pantoja,
gerente de educação do SESI-Pará, entidade que faz parte do Sistema FIEPA, a
pandemia agravou os quadros de problemas emocionais dentro do ambiente escolar.
Transtornos, como por exemplo, a ansiedade, são frequentes e tem atingido com
maior ocorrência alunos do Ensino Médio, por causa das provas do Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem). “O projeto abordará diversas temáticas, como bullying,
controle da ansiedade, o relacionamento do aluno com a família, além do
acompanhamento dos estudantes portadores de deficiência”, explica.
“No primeiro momento, a psicóloga fará
uma parte teórica, por meio de palestras. Paralelamente, em outro cronograma,
realizará análise e atendimento para aqueles alunos portadores de deficiência,
para fazer a inclusão, um trabalho mais direcionado e orientativo com as
famílias e com os professores. Não é psicologia clínica, o trabalho dela é
psicologia escolar, basicamente é um trabalho orientativo”, pontuou a gerente
de educação do SESI-Pará.
Outra questão prevista no escopo do
projeto é a comunicação, principalmente nas redes sociais. “Os alunos são
usuários nativos das redes sociais e é lá que acontecem muitas coisas. Em nosso
projeto de Psicologia Escolar temos trabalhado muito essa questão da
comunicação, do respeito ao outro, de como se comunicar, de como deve ser esse
processo”.
A psicóloga escolar do SESI Pará,
Tatiane Sanches, afirma que o objetivo da escola é fazer com que o aluno
consiga, durante sua trajetória escolar, se desenvolver em todas as áreas,
inclusive emocionalmente e possa se tornar um cidadão e uma pessoa preparada
para uma vida plena e feliz. “Um cidadão que tenha além de habilidades técnicas
desenvolvidas, habilidades emocionais e comportamentais também, para que ele
consiga tomar as decisões que precisa com segurança”, complementou.