O Pará deixou de ser o primeiro colocado no ranking da mortalidade materna, posto que ocupava em 2019, passando para a 3ª colocação em 2020 e descendo para o 11º lugar em 2021, conforme aponta o Painel de Monitoramento de Mortalidade Materna, do Ministério da Saúde, emitido em abril deste ano.
Os dados da Secretaria de Estado de
Saúde Pública (Sespa) apontam que houve uma redução de 38,8% na comparação
entre números absolutos de mortes ocorridas entre janeiro e abril de 2021, e o
mesmo período deste ano.
O Pacto foi criado para fortalecer o pré-natal na atenção primária e atua com o repasse do cofinanciamento estadual da Atenção Básica, realizado a partir do monitoramento de cinco indicadores de saúde da mulher visando a apoiar os municípios na linha de cuidado materno e infantil.
"A proposta é oferecer atendimento
integral em todas as fases da vida da mulher e fortalecer a rede de atenção,
uma vez que a paciente não vai precisar percorrer grandes distâncias para
chegar a um atendimento qualificado", explica o secretário de Saúde do
Pará, Rômulo Rodovalho.
Outra ação que repercute na queda de óbitos maternos é a realização do projeto "Saúde por todo o Pará", realizado em 2021, quando a Sespa enviou uma equipe de 100 profissionais para uma série de ações em 14 municípios do Arquipélago do Marajó. O programa realizou diagnóstico situacional materno-infantil e promoveu ações de saúde itinerante.
O projeto envolveu visitas técnicas dos profissionais nas salas de cirurgias e maternidades locais, levando também atendimento médico. A partir do diagnóstico situacional, a Sespa conheceu melhor a realidade e a necessidade de serviços de cada município e adotou medidas para melhorar a estruturação de assistência à saúde na região. Na ocasião, a Sespa contabilizou 15.950 procedimentos.
O óbito materno se dá quando uma mulher
morre durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término
(seja com parto ou aborto) devido a qualquer causa relacionada com ou agravada
pela gravidez ou por medidas em relação a ela.