Laboratório de Genética do 'Renato Chaves' recebe certificação de qualidade

O Laboratório de Genética Forense do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves recebeu, pela sétima vez, o certificado de qualidade do Grupo Iberoamericano de Trabalho em Análises de DNA (Gitad), que pertence à Academia Iberoamericana de Criminalística e Estudos Forenses (Aicef). O reconhecimento foi pela qualidade no desenvolvimento do trabalho pericial. O Gitad é um grupo de trabalho específico que tem por objetivo trocar conhecimentos e experiências relativas à genética forense em diferentes âmbitos entre os países da América Latina, Portugal e Espanha. Também fomenta o trabalho de análises e busca novas tecnologias para aumentar a qualidade e eficiência da atividade.

Para conceder o certificado, o Gitad encaminha quatro amostras de material para os laboratórios fazerem o perfil genético por marcadores autossomos, marcadores do Y e DNA mitocondrial. Também é aplicado um exercício teórico de estatística forense, no prazo de 30 dias. Os institutos que comentem algum erro podem perder a autorização de alimentar o Banco de Dados de Perfis Genéticos do país.

A avaliação é feita todo ano. Receber a certificação garante o alto padrão de qualidade do laboratório forense, que precisa também ter equipamentos modernos, peritos qualificados, estrutura adequada e certa quantidade de casos fechados. Desde 2009, quando ingressou na Rede Nacional de Genética Forense e passou a alimentar o Banco de Dados de Perfis Genéticos, o laboratório do Centro Renato Chaves recebe a certificação, tornando-se referência nacional e ficando entre os melhores do país.

A alimentação do banco de dados é feita com o programa Codis (Sistema Combinado de Índices de DNA), desenvolvido pelo FBI, a polícia federal americana. O Brasil tem uma das maiores instalações do sistema, que pode ser encontrado em 19 laboratórios estaduais, incluindo o do Pará. Somente os perfis de acusados de violência sexual, condenados de crimes hediondos e cadáveres não identificados podem ser inseridos no banco.

Atualmente, o laboratório do Centro Renato Chaves está em fase de coleta dos perfis de acusados de crimes hediondos do sistema penitenciário do Estado para que sejam inseridos no banco de dados. O laboratório tem hoje uma grande estrutura, com uma equipe de seis peritos com pós-graduação e doutorado, equipamentos modernos – como o quantificador de DNA –, termocicladores e robô de extração, que agilizam todo o trabalho pericial. Análises que antes demoravam horas e até dias para ficar prontas, agora são feitas em apenas 16 minutos, podendo ser coletadas até 14 amostras de DNA.