No ano passado, cerca de 160
pessoas foram assassinadas por dia no Brasil, uma pessoa a cada nove minutos.
No total, 58.383 pessoas foram mortas violentamente e intencionalmente no país,
retração de 1,2% em relação a 2014, segundo dados inéditos do 10º Anuário
Brasileiro de Segurança Pública. Já o número de pessoas mortas por policiais
aumentou 6,3%. Os dados de homicídios dolosos, latrocínios e mortes provocadas
por intervenção, que configuram as mortes violentas, foram obtidos via Lei de
Acesso à Informação pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, autor do
anuário que será divulgado no dia 3 de novembro. De janeiro de 2011 a dezembro
de 2015, 278.839 pessoas foram mortas no país, número maior do que o de mortos
na guerra da Síria, onde 256.124 morreram no mesmo período, segundo o Fórum. Os
números do país do Oriente Médio são do Observatório de Direitos Humanos na
Síria e da ONU.
As regiões Nordeste e Norte, por
exemplo, seguem com altas taxas de assassinatos. Os primeiros cinco colocados
são das duas regiões: Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará e Pará. Pela
primeira vez o estado de Sergipe encabeça a lista, com 57,3 mortes violentas
intencionais a cada 100 mil pessoas (aumento de 18,2% em relação aos dados do
ano anterior). Já o estado de Alagoas, que por anos encabeçou a lista, teve
redução de 20,8% na taxa, saindo dos 64,1 mortos por 100 mil habitantes para
50,8, a maior queda entre todas as unidades da federação. Mesmo assim, ele é o
segundo colocado no ranking.
Ainda no Nordeste, o terceiro colocado, Rio Grande
do Norte, é o que teve maior crescimento na taxa: 39,1%. O estado passou de
34,9 para 48,6 por 100 mil habitantes. Os estados que registraram as
menores taxas de mortes violentas intencionais foram São Paulo (11,7), Santa
Catarina (14,3) e Roraima (18,2). O G1 procurou também as
assessorias dos governos dos demais estados, mas não obteve retorno até a
última atualização desta reportagem.
Informações G1 - Globo.com