Estreia nesse domingo, no Cine
Estação das Docas, o filme “Elis”, cinebiografia de uma das maiores cantoras
brasileira de todos os tempos, contada em ritmo energético e pulsante. O filme
será exibido em três sessões: às 10h, 16h e 19h.
Protagonizado por uma inspirada
Andréia Horta, o filme do estreante Hugo Prata traz algumas das mais relevantes
passagens da carreira e vida pessoal da gaúcha, como a chegada ao Rio de
Janeiro no dia do golpe de 1964; o primeiro contato com o boa praça Luiz Carlos
Miéle e o charmoso Ronaldo Bôscoli (seu primeiro marido); o rápido sucesso e
amadurecimento musical; o terror imposto pelos militares; a parceria amorosa e
artística com o pianista César Camargo Mariano (que rendeu espetáculos
históricos como “Falso Brilhante”, “Transversal do Tempo” e “Saudade do
Brasil”); a maternidade e o fim da vida.
“Ela foi tragada pela própria
labareda, com a voz das deusas do Olimpo, do fundo das águas, dos ventos...
traduz muitas energias fora do corpo humano”. É assim que Andréia Horta
descreve a icônica cantora que representa. Zé Carlos Machado, que vive Romeu (o
pai de Elis), ressalta que a música era a maneira que a cantora encontrava para
se expressar politicamente: “Ela somatizava todos os conflitos, os paradoxos,
as alegrias, as esperanças desse país por meio da sua voz, da sua alma.” “Ela
era um diamante”, completa o diretor Hugo Prata.
Em janeiro de 1982, a morte
precoce de Elis Regina causou enorme comoção nacional. Mais que uma das maiores
cantoras da música popular brasileira
no auge da maturidade artística,
Elis encarnava as esperanças de um país cansado de quase duas décadas de regime
militar, “sonhando com a volta do irmão do Henfil”. Trinta e quatro anos
depois, “Elis”, a cinebiografia da Pimentinha apresenta sua incrível trajetória
às novas gerações e, claro, para que os milhões de fãs voltem no tempo e se
deliciem descobrindo um pouco mais da sua história.
Na trilha sonora, espaço para
grandes sucessos e fonogramas menos conhecidos, além de músicas de outros
artistas como Nara Leão e Cartola. “Fascinação” é uma valsa de Maurice de
Féraudy e Dante Marchetti. Mais de uma versão dessa música foi feita em
português. Entretanto, a que ficou mais famosa, marcante na voz de Elis Regina,
foi a de Armando Louzada.
“O Bêbado e a Equilibrista",
composta por Aldir Blanc e João Bosco, foi uma das mais famosas interpretações
de Elis, principalmente por ser uma canção com papel importante na época que
prenunciava o fim da ditadura militar. "Madalena", de Ivan Lins, se
tornou um clássico da MPB, graças à interpretação vibrante e alegre da cantora.
Entre as interpretações
memoráveis destacam-se “Arrastão” (Edu Lobo e Vinicius de Moraes), “Velha Roupa
Colorida” (Belchior), “Atrás da Porta” (Chico Buarque e Francis Hime) e
“Cabaré” (João Bosco e Aldir Blanc).
O elenco conta com nomes fortes
da dramaturgia nacional como Lucio Mauro Filho, Caco Ciocler, Zé Carlos Machado
e Julio Andrade, que vivem respectivamente Miéle, Cesar Mariano, Romeu (o pai
de Elis) e o Dzi Croquette Lennie Dale. Na 44ª edição do tradicional Festival
de Gramado, Andréia Horta levou o prêmio de Melhor Atriz e o longa-metragem
conquistou o prêmio de Melhor Filme pelo júri popular.
Ficha técnica: "Elis",
de Hugo Prata. 113 minutos. 14 anos. Trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=GbgVYW8pZmg
Datas e horários:
12 (domingo): às 10h, 16h e 19h
19 (domingo): às 10h, 16h e 19h
26 (domingo): às 10h, 16h e 19h
Ingressos: R$ 12,00.
Meia-entrada: R$ 6,00. Estudantes mediante apresentação de carteira expedida
pela entidade estudantil. Gratuidade: pessoas acima de 60 anos. A bilheteria
funcionará aos domingos de 9h às 19h.
Realização: Organização Social
Pará 2000, administradora da Estação das Docas.