Com o propósito de identificar as
características do estado atual da ostreicultura no Nordeste do Pará e
relacioná-la ao meio ambiente, a produtividade do cultivo de ostras, além do
impacto socioeconômico nas comunidades em que a pesquisa se baseia, o professor
e pesquisador Dioniso de Souza Sampaio, professor adjunto do Campus Bragança da
UFPA, está desenvolvendo a tese de doutorado em Biologia Ambiental intitulada
"Ostreicultura no Nordeste Paraense: Estado atual e perspectivas para
sustentabilidade", sob orientação do professor Dr. Colin Robert Beasley,
professor do Programa de Pós-Graduação em Biologia Ambiental do Campus Bragança.
Dioniso, que também é Engenheiro
de Pesca, é um dos nove pesquisadores brasileiros que estão associados na The
World Oyster Society (WOS) – Sociedade Mundial das Ostras –, uma rede
internacional com a participação de 884 filiados de 44 países entidade que tem
como objetivo unir as pessoas que produzem ou se envolvem com a temática da
ostreicultura (leia mais aqui).
“Estou na fase final da pesquisa e a minha
previsão de defesa da tese é em julho de 2017. O trabalho foi financiado pelo
CNPq e pelo extinto Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e teve autorização
de pesquisa de número 28.304-2 do SISBIO/ICMBIO”, explica Dioniso Sampaio,
doutorando em Biologia Ambiental. Atualmente, ele tem compartilhado suas
experiências com pesquisadores também filiados na WOS nos seguintes países:
Austrália, Coréia do Sul, Estados Unidos e Montenegro.
Objetivo – Segundo o professor,
graças à integração dos dados que o projeto proporciona, será permitido propor
ações que promovam a sustentabilidade na cadeia da ostreicultura. “Estudos
genéticos para a correta identificação da espécie das ostras que estão sob
cultivo e para determinar a variabilidade genética das populações cultivadas,
fornecerão informações importantes para o ostreicultor. A viabilidade prática
do fornecimento de sementes da ostra nativa será verificada pela implantação de
ostreicultura.”
Importância – De acordo com o
professor, nos últimos 10 anos, foram desenvolvidos estudos em alguns cultivos.
Entretanto, o estudo que ele está produzindo aborda todos os cultivos no Estado
do Pará. “O estudo foi realizado nas sete associações de ostreicultura situadas
em cinco municípios do Nordeste Paraense:
Augusto Corrêa, Maracanã, Curuçá, Salinópolis e São Caetano de Odivelas.”
Divulgação – Dioniso conta que
não existiam fotos no site da WOS sobre o cultivo de ostras no Brasil, então
ele resolveu divulgar as imagens ligadas ao seu estudo na página da entidade –
as fotos presentes na matéria são de autoria do próprio professor. O
pesquisador se filiou à organização em novembro de 2015, sendo o primeiro do
Estado do Pará e o terceiro brasileiro filiado na referida entidade. “Estou
divulgando e difundindo essa entidade nas redes sociais. Nesse exato momento já
somos nove brasileiros filiados na WOS”, destaca. Na entidade, podem se filiar
sem nenhum custo: pesquisadores, empresas, associações e cooperativas.