Foto: Cristino Martins - Agência Pará |
Com a mudança, a Superintendência
Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), orienta que quem precisar
trafegar pelo perímetro em obras deverá seguir por um contrafluxo na pista da
esquerda, da Avenida até a Rua Mariano. Com a finalização dos serviços na pista
da direita, os trabalhos terão continuidade pela pista da esquerda, sentido
Ananindeua/Belém, alterando o trânsito no sentido inverso.
A alteração é necessária para que
a Avenida João Paulo II seja “conectada” ao seu prolongamento, que irá da
Passagem Mariano até a BR-316, totalizando 4,7 quilômetros. A nova via possuirá
acostamentos, ciclovias e calçadas, respeitando os preceitos legais de
acessibilidade. Também contará com drenagem, iluminação pública e monitoramento
de segurança. Sete passarelas para pedestres serão implantadas ao longo da via,
às proximidades dos seis pares de pontos de ônibus urbanos.
A interligação da Avenida João
Paulo II com a BR-316 se dará com a construção da quarta pétala do elevado do
Coqueiro. A conexão do prolongamento com o elevado e deste com a Rodovia Mário
Covas também permitirá o acesso direto à capital de veículos oriundos dos
conjuntos Cidade Nova e Paar, e dos bairros do Coqueiro e 40 Horas, em
Ananindeua. Com isso, o projeto busca melhorar a distribuição do tráfego geral
e do transporte público e viabilizar a implantação do BRT na Rodovia BR-316 até
Marituba.
A nova avenida será uma via
metropolitana de duas pistas para tráfego geral, cada uma com 10,50 metros de
largura, divididas em três faixas de tráfego com 3,50 metros cada. Na maior
parte de seu comprimento, a avenida terá 2,50 metros de acostamento, 2,50
metros para ciclovia bidirecional, 2 metros de calçada do lado esquerdo e 1,20m
do lado direito, no sentido Passagem Mariano/ BR-316, separada por canteiro
central, que terá largura variável.
O projeto prevê duas pontes, uma
(com 176m) a 60 metros da Passagem Mariano, transpondo a ponta do Lago Bolonha,
e a outra (com 224m) a 30m da Rua da Pedreirinha, transpondo a ponta do Lago
Água Preta. A primeira a ser montada é a que transpõe o Lago Bolonha. As pontes
possuem estrutura mista em metal e concreto.
Projeto
Alguns dos benefícios que o
projeto de desenvolvimento urbano Ação Metrópole trará para a RMB, com a
construção da nova Avenida João Paulo II são: desenvolvimento para a Região
Metropolitana de Belém (RMB); uma nova via de acesso à capital paraense;
suporte para a implantação do Bus Rapid Transit – O BRT Metropolitano; proteção
ao Parque Ambiental do Utinga; criação de grande área de lazer com equipamentos
urbanos e proteção dos mananciais que abastecem Belém.
As obras da nova avenida, que
representa a segunda etapa do projeto Ação Metrópole, totalizam investimentos
na ordem de R$ 300 milhões, sendo R$ 104 milhões de recursos provenientes do
FGTS/ Caixa Econômica; R$ 80 milhões do OGU/ Caixa Econômica e R$ 118 milhões
de contrapartida do Governo, verba oriunda do Tesouro Estadual. O início das
obras de prolongamento da Avenida João Paulo II se deu com a autorização
oficial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para
prospecção arqueológica na área de abrangência da nova via. A licença foi
oficializada pela Portaria nº 32, de 25 de julho de 2013.
O projeto trará benefícios nas
áreas ambiental, paisagística, social, de segurança, mobilidade,
telecomunicações e de saneamento básico. E, o prolongamento da João Paulo II
desafogará em grande escala o tráfego na RMB, pois hoje o acesso à capital
paraense é feito pela Rodovia BR-316 e pela nova Avenida Independência e, com o
prolongamento, os motoristas passarão a contar com uma terceira opção.
Além da nova avenida, quatro vias
que completam o sistema de mobilidade receberão pavimentação, drenagem e
iluminação pública. São elas: Rua Moça Bonita (entre Av. João Paulo II e
BR-316); Rua do Fio (entre Passagem Simões e BR-316); Passagem Simões (entre
Rua do Fio e Av. João Paulo II); Rua da Pedreirinha (entre e Av. João Paulo II
e BR-316). A área do projeto mede 271,41 hectares e abrange os bairros do
Curió-Utinga e Guanabara, que têm cerca de 40 mil habitantes.
A concepção do projeto prevê uma
composição paisagística, que se harmonizará com a do Parque do Utinga. Contudo,
a área da nova avenida será uma das mais belas de Belém e, somada à nova
proposta do Parque Ambiental do Utinga, se tornará um ponto de contemplação da
natureza, entretenimento, esporte e lazer.