Com o tema “Tabaco: uma ameaça ao
desenvolvimento”, a campanha do Dia Mundial sem Tabaco deste ano irá alertar
para os prejuízos que o cigarro traz não só para a saúde, mas também para o
meio ambiente. Assim, a Coordenação de Controle de Doenças Crônicas Não
Transmissíveis e o 1º Centro Regional de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde
Pública (Sespa) realizarão nesta quarta-feira (31), no Centro de Referência em
Abordagem ao Tratamento do Fumante, na URE Presidente Vargas, diversas ações de
conscientização e prevenção.
A programação inclui diversas
atividades, como palestras sobre atividade física e tabagismo, exposição sobre
os danos à saúde pública e impactos socioambientais, depoimentos de servidores
e pacientes abstêmios, apresentação de dança folclórica e oferta de serviços -
verificação de pressão arterial e glicemia e verificação do teor de monóxido de
carbono – entre outras.
“O tema deste ano foca na cadeira
de produção do tabaco e os danos ambientais, sanitários e sociais, ampliando a
dimensão dos prejuízos para a sociedade”, explica a médica pneumologista,
coordenadora do Centro de Referência em Abordagem e Tratamento ao Fumante,
Fátima Amine. Segundo dados da última pesquisa sobre Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel)
realizada no ano de 2015, Belém é a 21ª no ranking das capitais brasileiras com
maior número de pessoas que fazem uso do cigarro, com 76.800 fumantes. Já o
Pará tem uma média de 380 mil fumantes.
Segundo o Instituto Nacional
Câncer (Inca), além dos danos à saúde pública, a produção e o consumo de
produtos do tabaco geram importantes impactos socioambientais pouco conhecidos
pela população, como o uso de lenha para aquecer as estufas que secam as folhas
de tabaco que serão utilizadas na fabricação de cigarros, o que leva ao
desmatamento e ao desequilíbrio da biodiversidade em tempos de severas mudanças
climáticas.
Mortes
A epidemia global do tabaco mata
quase 6 milhões de pessoas por ano, das quais mais de 600 mil são não fumantes,
vítimas do fumo passivo. Sem alterações de cenário, estão previstas mais de 8
milhões de mortes por ano a partir de 2030. Mais de 80% dessas mortes evitáveis
atingirão pessoas que vivem em países de baixa e média renda. “Esse acréscimo
representa um dos maiores índices atuais. Desta forma, iremos intensificar as
campanhas estaduais de prevenção e combate ao fumo”, acrescentou Fátima.
O Dia Mundial de Combate ao
Tabagismo foi criado há 30 anos, pela lei federal nº 7.488. Essa data tem como
objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da
população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais
causados pelo cigarro. A ação estadual também contará com o apoio do Casa do
Diabético, Clínica Action Laser e do Centro Cardiológico (URE Presidente
Vargas).