O escritório local da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Portel, no
Arquipélago do Marajó, está participando de uma força-tarefa com a Agência de Defesa
Agropecuária (Adepará) e a Prefeitura, para combater uma das piores pragas de
gafanhoto da história recente do município.
O inseto, da espécie
“soldadinho”, sempre foi incidente nos meses de fevereiro a agosto, mas desta
vez tem devastado muito mais violentamente as plantações de mandioca, principal
fonte de renda da agricultura familiar do município. A estimativa é de que pelo
menos 200 hectares já tenham sido perdidos. Os agricultores, desesperados,
acabam apelando para venenos aleatórios, o que coloca em risco a saúde deles
próprios, dos cultivos, do solo, dos igarapés e dos rios.
A força-tarefa está executando
uma série de medidas, como visitas técnicas, palestras de educação ambiental e
controle orgânico, a partir de uma fórmula baseada em cinzas de carvão, tucupi
e neem. “Como o efeito da fórmula ocorre em médio e longo prazos, o agricultor
resiste, não acredita, prefere inseticida convencional. Nosso trabalho de
conscientização é árduo, de sementinha”, explica o chefe do escritório local da
Emater em Portel, o técnico em agropecuária Jocimar Mendonça.