O Sistema Integrado de Segurança
Pública deflagrou, nesta quinta-feira, 4, a operação Timbó, para cumprir mais
de 100 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e de prisão
preventiva, contra acusados de envolvimento em crimes, principalmente roubos,
no município de Igarapé-Miri, nordeste paraense. Ao todo, 34 pessoas – 27
homens, 4 mulheres e três adolescentes - foram conduzidas inicialmente para a
Delegacia do município, ao final da operação, e depois encaminhadas para a sede
do Instituto de Ensino de Segurança do Pará (IESP), em Marituba, na Grande
Belém, local usado como base da operação. Entre os presos, foram três presos em
flagrante por tráfico de entorpecentes e porte ilegal de armas de fogo. Drogas,
arma e munição foram apreendidos.
A operação policial contou com
atuação de mais de 200 policiais civis e militares, que se reuniram, de
madrugada, no IESP, de onde saíram em comboio, por volta de 5 horas, com
destino a Igarapé-Miri, após reunião presidida pelo secretário de Segurança
Pública, Jeannot Jansen; pelo delegado-geral, Rilmar Firmino, e pelo
comandante-geral da PM, coronel Roberto Campos. Estiveram em atuação 180
policiais civis de Unidades da Polícia Civil da capital, de Divisões
Especializadas e Delegacias do interior vinculadas às Superintendências
Regionais de Castanhal, Abaetetuba, Capanema e Paragominas, e cerca de vinte
policiais militares da Rotam, que se dividiram em 50 equipes com uso de mais de
60 viaturas policiais.
De acordo com o delegado-geral, a
operação atende ao anseio da população do município que vinha cobrando
providências dos órgãos de Segurança Pública para combate ao crime na região.
Diante disso, explica o policial civil, foi realizado um levantamento nos
últimos três meses pela equipe da Delegacia de Igarapé-Miri, em conjunto com o
Núcleo de Inteligência Policial da Polícia Civil, que contou com análise de
mais de 100 boletins de ocorrências registrados na Unidade Policial. O trabalho
resultou em mais de 20 inquéritos tombados na Delegacia, com identificação de
40 autores de crimes. A partir da identificação dos acusados, explica o
delegado Alexandre Clós, de Igarapé-Miri, foram representadas na Justiça pelas
prisões preventivas dos envolvidos no tráfico de drogas e em situações de
assaltos, como roubos de veículos, onde ocorre a modalidade de crime chamada de
pagamento de resgate pelo veículo roubado. Entre os presos, o delegado destaca
um cadeirante que é acusado de recrutar jovens, geralmente adolescentes, para
praticar roubos na região, e seria um dos principais articuladores de crimes no
município.
Conforme o secretário de
Segurança Pública, uma operação como essa tem um efeito positivo pois atende
aos anseios da população do município. Ele salienta que a Secretaria de
Segurança Pública já havia se reunido em várias ocasiões com representantes do
município para tratar das ocorrências de crimes ocorridos na cidade, como
assaltos, mortes e tráfico de drogas, e que atende a parte dos compromissos
firmados para dar uma resposta à sociedade miriense. No mês passado, em uma
audiência pública no município, representantes da Segup foram recebidos por
cerca de 100 moradores, o prefeito municipal e vereadores na Câmara Municipal
para trocar informações e definir soluções visando reduzir os crimes na cidade.