“Comunicamos a toda a sociedade paraense
que não recebemos nenhuma informação oficial por parte do Poder Judiciário
sobre a suposta declaração de abusividade de greve. Portanto, não podemos nos
manifestar sobre isso.
Caso sejamos comunicados oficialmente, a
assessoria jurídica do SINDTRAN fará a contestação pelo exercício do
contraditório, uma vez que não consideramos que a greve de 27 dias dos
trabalhadores de trânsito tenha infringido alguma norma, lei ou a Constituição
Federal. Consideramos a greve legítima, legal e totalmente dentro da
normalidade na relação transparente com a população, com a administração
pública e com os trabalhadores.
A única decisão até o momento, por parte
do sindicato, é a manutenção da greve, que será avaliada nesta quinta-feira, 10/05,
a partir das 11 horas da manhã, em Assembleia Geral, no acampamento de greve,
localizado no Detran sede, na Avenida Augusto Montenegro.
Enfatizamos que a categoria considera
abusiva a política fiscal do governo, que isenta grandes empresas que deixaram
de pagar mais de 16 bilhões de reais, de 2011 a 2018. Abusiva é a crescente
corrupção existente no Detran, como a nomeação de gerentes fantasmas em
unidades do interior do estado com cargos DAS, percepção de diárias, carro
oficial e combustível bancado com dinheiro público. Abusiva é a terceirização
com a entrega do patrimônio público ao setor privado; a crescente violência no
trânsito; e o assédio moral.
Abusivo é o congelamento de salarios, o
desrespeito, o desprezo e o descaso do governo em relação aos servidores
públicos concursados, que todos os dias se empenham para atender honestamente a
população, apesar das mazelas enfrentadas nas unidades de uma instituição
sucateada em todas as regiões do Pará, que deixa os servidores em processo de adoecimento
crescente por trabalhar em ambientes insalubres e não ter garantidas as
condições mínimas para o atendimento da população. Por todos esses motivos, que
esta greve chega a 70% de adesão dos Trabalhadores de Trânsito em todo o
estado.
A greve estadual segue até decisão da
categoria em Assembleia Geral”.
Diretoria do Sindtran