HRPM produz o adubo que vai alimentar as plantas da horta 100% orgânica

Foto: Divulgação

Uma ideia simples, quase sem custo, vai trazer muitos benefícios aos colaboradores,  usuários e acompanhantes do Hospital Regional Público do Marajó (HRPM). Os resíduos orgânicos produzidos na cozinha do hospital serão transformados em adubo 100% natural, por meio do processo de compostagem, feito no próprio local. A utilização do adubo orgânico para a fertilização do solo é parte da política da instituição para colaborar com a preservação do meio ambiente, eliminando o uso de fertilizantes químicos industrializados no cultivo das hortaliças que são utilizadas no preparo da alimentação feita no hospital.

Essa iniciativa é fruto do projeto “Separação e reaproveitamento de resíduos orgânicos para a formação de adubo aplicado à agricultura”, que faz parte da política do HRPM e tem como parceiros a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e os colaboradores Wilson Câmara Neto, assistente administrativo, e a enfermeira Yukiko Santa Brígida.

O idealizador do projeto, Wilson Neto, enquanto ministrava o treinamento, destacou a importância do projeto. “A compostagem de resíduos orgânicos é considerada uma prática de extrema importância na medida em que diminui o lançamento de resíduos em aterros sanitários e lixões, diminuindo a poluição do solo e lençóis freáticos”, ressaltou. Segundo ele, estudos desenvolvidos a respeito da compostagem mostram que frutos e hortaliças produzidos por esse processo crescem mais rápido e têm uma qualidade muito superior.

Quem também participou do treinamento foi o jardineiro Enivaldo Gomes Batista, 37, morador de Breves. “O treinamento foi muito bom, serviu pra gente aprender a lidar com a terra, com o lixo orgânico, tudo para melhorar as plantas, o crescimento delas, das hortaliças, e assim melhorar também a nossa alimentação”, observou.

Wilson também ensinou a fazer o composteira utilizando três baldes plásticos com tampa e uma torneira de bebedouro.  Segundo ele, os baldes devem ficar uns sobre os outros. Os dois primeiros são furados no fundo e o terceiro não, que é quem fica com a torneira na lateral. As tampas do terceiro e do segundo são cortadas para que o líquido caia dentro do terceiro.  A primeira leva de resíduo é colocado no segundo balde da pilha, até encher e em seguida se abastece o primeiro balde.

Para evitar mau cheiro é aconselhável cobrir o resíduo com folhas secas ou serragem. “Quando o balde do meio encher inicia-se o preenchimento do balde do topo e quando o material coletado completar 30 dias já se pode misturar com a terra ou colocar direto nos pés das plantas e o líquido coletado, pode ser misturado com água na proporção de 50% e utilizá-lo para regar as hortaliças”, ensina Wilson.

O HRPM possui uma horta  orgânica com 180m² que é responsável por 80% dos legumes consumidos nas alimentações diárias servidas para colaboradores, usuários e acompanhantes, mantendo uma dieta saudável e devidamente balanceada pelo Setor de Nutrição e Dietética (SND), que é de fundamental importância para a evolução do quadro de saúde do usuário.

Mantida desde 2012, a área de plantação coberta com várias hortaliças compõem a alimentação diária livre de agrotóxico. O cuidado com a plantação vai desde o cuidado com o solo até o plantio das sementes cuidadosamente adquiridas pela unidade hospitalar.

Serviço- O HRPM dispõe de atendimento ambulatorial de segunda a sexta-feira, de 7h às 18 horas. O hospital está localizado na Av. Rio Branco, 1.266, Centro. Mais informações: (91) 3783-2140/ 3783-2127.









Related Posts: