Especial: Uma briga constante contra a dengue





O Ministério da Saúde informou que o número de casos prováveis de dengue no Brasil, em janeiro deste ano, mais que dobrou em comparação ao mesmo período de 2018. Até o dia 02 de fevereiro, registrou-se aumento de 149%, passando de 21.992 para 54.777 casos prováveis da doença. No Pará houve redução nos números. Dados do Ministério da Saúde apontam que o número de casos prováveis de dengue no estado reduziu 6,7% em comparação com o mês de janeiro de 2018. Até o dia 02 de fevereiro, o estado notificou 304 casos da doença. No mesmo período de 2018, foram registrados 326 casos de dengue. O Pará não registrou óbitos em decorrência da doença neste ano.


Situação epidemiológica do estado em relação a dengue, chikungunya e zika no link abaixo:


Pará
Dengue
Chikungunya
Zika
2018
2019
2018
2019
2018
2019
Número de casos
326
304
457
412
32
14


A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SESMA) e em parceria com a Cruz Vermelha Brasileira, intensificou as ações contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Os agentes de endemias estão nas ruas, de casa em casa, verificando e combatendo focos do mosquito. Mas, os dados anda apontam necessidade de gestores e população intensificarem ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya.

No ano passado, o Departamento de Vigilância em Saúde (DEVS) da Sesma confirmou 95 casos de Dengue, cinco casos de Zika vírus e 3.067 casos de febre Chikungunya. O trabalho voluntário da Cruz vermelha colabora na abordagem e no auxílio de informações nas residências para que a população fique ainda mais protegida e informada.

“Nesse período chuvoso e facilitador, resolvemos abraçar a causa da prevenção junto com a Sesma, e realizamos  campanhas rápidas com visibilidade e conscientização. Educação, prevenção e a promoção à saúde são prioridades nessa causa”, detalhou o enfermeiro Joel Miranda, da Cruz Vermelha. “Ir de casa em casa e conversar com a população tem dado certo e nos ajudado, porque nos permitem fazer a vistoria e o procedimento para que o vírus não se prolifere”, completou.



Na casa onde a empregada doméstica Lúcia do Socorro trabalha, os agentes de endemias encontraram vários focos do Aedes, um deles era em uma poça de água da chuva que estava acumulada na varanda. Na casa também havia uma pessoa com sintomas suspeitos da Chikungunya, como dor de cabeça, febre alta e manchas no corpo. “No final do ano passado eles verificaram toda a casa, agora acharam esse foco novamente. Por isso, é  importante a visita deles. Eu nem imaginava que essa água estava empossada aí e serviriam para os mosquitos”, afirmou Lucia.


 Durante as visitas, os moradores foram orientados sobre os cuidados que devem ser tomados com a limpeza nas casas e áreas externas. “Pedimos que a população ajude na prevenção e no controle, não deixando água parada, recipiente com água, verificando as calhas, as caixas de passagem, caixa d’água, folhagens do quintal ou até mesmo uma tampinha. Tudo isso é importante para o desenvolvimento do nosso trabalho”, complementa o coordenador do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti, Jovelino Aguiar.


* Reportagem: Celso Freire

Related Posts: