A pandemia da Covid-19 – doença
infecciosa causada pelo novo coronavírus – está causando uma revolução em
diversos serviços, como comércio, incluindo shoppings, mobilidade urbana,
saúde, segurança pública e educação. E no ambiente doméstico não seria
diferente.
Para minimizar os riscos de propagação
do vírus, abaixo, o diretor executivo da BAP Administração de Bens
https://www.bap.com.br/, Rogério Quintanilha, responde a oito perguntas a fim
de orientar moradores e síndicos sobre dúvidas para melhorar o fluxo de pessoas
dentro de espaços comuns em condomínios, além de aglomerações de pessoas, como
em reuniões, fluxo de pets e entregas de produtos, os deliveries.
1.
Como fica o uso de áreas comuns, como piscinas, play e elevadores? O
condomínio pode reduzir o número de usuários?
O síndico, excepcionalmente, pode e deve
reduzir os acessos às áreas comuns, a utilização da piscina e do play e até
disciplinar a utilização dos elevadores em prol do público que circula no
condomínio. Entretanto, em relação aos elevadores, cabe lembrar que não se pode
fazer qualquer discriminação de pessoas que necessitam utilizá-lo. O
fundamental será o maior rigor na higienização dos elevadores e todas as áreas
de acesso ao condomínio.
2.
E quanto à circulação de animais, algum cuidado especial?
No momento, desconhecemos qualquer
orientação oficial sobre cuidados especiais com os animais. Por precaução,
sugerimos que seja limitado o contato de pessoas infectadas e circulação em
áreas comuns destas em proteção aos animais e a coletividade.
3.
Há alguma campanha de esclarecimento em curso, principalmente em relação
à limpeza de puxadores, corrimãos, entre outros?
Sim, a BAP está enviando orientações aos
síndicos e condôminos a fim de auxiliar na administração interna do condomínio.
4.
É indicado reduzir número de pessoal (porteiros, faxineiros...)?
A primeira ação no condomínio é afastar
os grupos de risco: pessoas com mais de 60 anos, hipertensos, diabéticos,
fumantes e pessoas que estejam fazendo tratamento com quimioterapia. Em
seguida, é importante estar atento ao fato de que os empregados dos condomínios,
para chegarem ao local de trabalho, pegam transporte público, ficando mais
expostos à contaminação e, assim, em favor da saúde dos mesmos e demais
moradores do condomínio, é recomendável, sim, a redução ou rodízio dos
empregados que irão trabalhar.
5.
E quanto às reuniões de condomínio? Devem ser mantidas ou feitas de
outra forma, como grupos de WhatsApp,
para tratar de assuntos mais urgentes?
As reuniões e assembleias devem ser
postergadas. Nos últimos anos, evoluímos em recursos tecnológicos para reuniões
virtuais. Há entusiastas dessa postura, entretanto, para a realização de
assembleias dessa forma os condomínios precisam ter essa previsão na Convenção
ou em alguma assembleia ter aprovado a possibilidade da implantação no condomínio.
Entendemos que a grande maioria dos condomínios não poderá agir dessa forma sob
o risco das mesmas serem impugnadas.
6.
Há algum tipo de orientação para os entregadores?
A nossa recomendação é de se evitar
serviços deliveries que aumentam a rotatividade e fluxo de pessoas nas
portarias.
7.
E sobre as festinhas nos salões, uso de churrasqueiras e playgrounds?
Alguma proibição?
A nossa recomendação é que os síndicos
proíbam, neste momento, qualquer aglomeração no condomínio. Estamos diante da
possibilidade de um caos maior na saúde pública e no Rio de Janeiro e corrermos
este risco é mais eminente. Nessas situações, possivelmente, as pessoas de mais
idade serão mais afetadas.
A racionalidade exige a tomada de
decisões difíceis, mas sem pânico e com responsabilidade com a vida de todos,
sem exceção.
8.
E os condomínios que têm transporte exclusivo, é melhor suspender o
serviço?
Sim, inclusive a Prefeitura do Rio de
Janeiro já limitou a frota de ônibus na zona metropolitana em 40%, já que se
trata de ambientes fechados naturalmente propensos à disseminação do vírus.